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flávia maria ribeiro vital efetividade e segurança da - Unifesp

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Introdução 4<br />

respiratório, além de diminuir a pré e pós-cargas ventriculares (Räsänen et al, 1985;<br />

Bersten et al, 1991; Allison, 1991). O CPAP melhora a oxigenação do sangue arterial<br />

(PaO 2 ) por aumentar a capaci<strong>da</strong>de residual funcional dos pulmões, melhorando as<br />

trocas gasosas e diminuindo o “shunt” intrapulmonar (Räsänen et al, 1985). Por<br />

preservar o esforço respiratório espontâneo, evitam-se altas pressões médias em vias<br />

aéreas; assim menor pressão média intratorácica é desenvolvi<strong>da</strong> durante a inspiração.<br />

Isto previne os efeitos adversos cardiovasculares associados com os altos níveis de<br />

pressão intratorácica, como redução secundária no retorno venoso e barotrauma<br />

(Coveli et al, 1982; Kelly et al, 1997). O alívio <strong>da</strong> insuficiência respiratória com o CPAP<br />

tem sido associado com significante melhora hemodinâmica e reversão <strong>da</strong> hipertensão<br />

e taquicardia em pacientes com EPCA (Väisänen, Räsänen, 1987). Já a NPPV bi-level<br />

combina uma pressão de suporte na inspiração (PS ou IPAP) com uma pressão<br />

positiva no final <strong>da</strong> expiração (PEEP ou EPAP). Este aparelho poderia prover não<br />

apenas os benefícios do CPAP, mas também, assistência inspiratória que reduz a<br />

ativi<strong>da</strong>de dos músculos <strong>da</strong> respiração (Mehta et al 1997). CPAP e NPPV bi-level<br />

requerem o uso de uma máscara (nasal ou facial) como interface entre o paciente e o<br />

ventilador (Keenan et al, 1997; Chad<strong>da</strong> et al, 2002). Complicações associa<strong>da</strong>s com o<br />

uso de NPPV incluem vazamentos que comprometam a ventilação, desconforto com a<br />

máscara, lesões na pele, irritação nos olhos, congestão nos seios paranasais,<br />

ressecamento oronasal e assincronia paciente-respirador. Embora a insuflação gástrica<br />

seja um efeito adverso comum do uso de NPPV, ela raramente é de significância<br />

clínica. Pneumotórax e pneumonia também podem ocorrer com a administração de<br />

NPPV, mas são menos comuns que com ventilação mecânica invasiva (Back et al,<br />

1997). Tem sido considerado, também, que a NPPV poderia protelar a intubação<br />

endotraqueal e a ventilação mecânica, resultando em uma pior evolução clínica (Wood<br />

et al, 1998).<br />

Nos últimos 30 anos, houve vários relatos <strong>da</strong> literatura a respeito <strong>da</strong><br />

<strong>efetivi<strong>da</strong>de</strong> do tratamento com NPPV em pacientes com EPCA (Räsänen et al, 1985;<br />

Masip et al, 2000; Park et al, 2001), entretanto sua utilização tem permanecido<br />

esporádica, principalmente nos departamentos de emergência. As razões para tal<br />

podem incluir a necessi<strong>da</strong>de de uma supervisão constante do paciente, a inexperiência<br />

<strong>da</strong> equipe em usar o equipamento, a falta de disponibili<strong>da</strong>de do equipamento e os<br />

potenciais efeitos adversos relacionados à NPPV (Pang et al, 1998; Bersten et<br />

al,1991). Um estudo aleatório mostrou que NPPV é efetiva no tratamento do EPCA; os

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