A VIDA E A ARTE DE ANTÃNIO RAMOS DE ALMEID A - Câmara ...
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A Vida e a Arte de António Ramos de Almeida<br />
António Ramos de Almeida e o ensaio sobre Eça de Queiroz<br />
No âmbito do centenário do nascimento de Eça de Queiroz, em 1945, a Livraria<br />
Latina Editora publicou mais um ensaio de António Ramos de Almeida. Confiando<br />
ao autor, cerca de um ano antes, a conceção deste trabalho, anunciou na imprensa,<br />
desde abril de 1944, a sua edição.<br />
44<br />
<strong>ALMEID</strong>A, António Ramos de – Eça. Porto: Livraria Latina Editora, 1945.<br />
No Livro de Ofertas de Edições encontram-se mencionados, em outubro de 1945,<br />
data do início da sua comercialização, os nomes do autor e de Licínio Perdigão, Casa<br />
Museu Guerra Junqueiro, Mário Eleutério, Bertrand, José Filipe C. Silva, O Século,<br />
Diário de Notícias, Democracia do Sul, Notícias de Melgaço, O Século Ilustrado, Vida Mundial<br />
Ilustrada, Reconquista, Semana Tirsense, Brados do Alentejo, Gazeta de Cantanhede, Diário<br />
de Lisboa, República, Beira Vouga, Ocidente, Emissora Nacional, Brotéria, Seara Nova,<br />
Julieta Ferrão, João Maria Ferreira, Oldemiro César, Mário Portocarrero Casimiro,<br />
Jorge Vernex, Zeferino Moura, Correio dos Açores, João Pedro de Andrade, Leite<br />
Faria, Teixeira da Rocha, Carlos Sombrio, Livraria Lello, Araújo Lima, Portucale, Pinto<br />
Azevedo Júnior, A. Nascimento e Maria do Lar.<br />
Para além da publicidade n’O Primeiro de Janeiro, O Comércio do Porto, Diário de<br />
Notícias, Diário de Lisboa, o ensaio de António Ramos de Almeida sobre Eça surgiu em<br />
vários momentos nas páginas da imprensa escrita, designadamente através de artigos<br />
assinados por Celso Pontes (Estrela do Minho), J. Mendes (Brotéria), Vasco de Lemos<br />
Mourisca (Beira Vouga) e João Maria Ferreira (Estrela do Minho) e ainda nos jornais<br />
Gazeta de Coimbra, Gazeta Literária, Flôr do Tâmega, Democracia do Sul, O Século Ilustrado e<br />
O Comércio da Póvoa de Varzim.<br />
Estrela do Minho<br />
“[...] No próximo ano comemorar-se-á o primeiro centenário do nascimento<br />
de Eça de Queiroz, do actualíssimo Eça, dêsse magnífico escritor de que e de quem<br />
conhecemos menos, apesar de darmos a liceus, ruas, praças, jardins e monumentos o<br />
seu nome, do que muitos povos se nos avantajam em cultura e de que deles falamos<br />
com um ignorante desdém.<br />
Pois bem, com vistas a um alargamento de cultura, preparem-se os homens<br />
cultos, os pedagogos, os críticos, os homens de idéias e de acções para assentarem num<br />
plano de realizações sérias, capazes de tornar Eça melhor conhecido, por mais lido;<br />
compreendido e por melhor estudado; e para pô-lo, artista, sim, mas desatualizado<br />
por falta do ambiente e do meio que gera os Acácios, os Amaros, os Pachecos, etc.,<br />
que nos esmagam e não nos deixam ir mais além [...].