A VIDA E A ARTE DE ANTÃNIO RAMOS DE ALMEID A - Câmara ...
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António Ramos de Almeida e a Livraria Latina Editora: contextos e dinâmicas | maria do rosário ramada pinho barbosa<br />
Flôr do Tâmega<br />
“Sai brevemente a público êste trabalho do escritor e poeta da moderna geração<br />
Dr. Ramos de Almeida, contribuição da Latina nas comemorações do centenário do<br />
nascimento de Eça” 34 .<br />
Democracia do Sul<br />
“A Livraria Latina Editora, do Porto, quiz contribuir para as merecidas<br />
comemorações do centenário de Eça de Queiroz, que agora vão ter lugar. E fê-lo<br />
com a publicação do livro «Eça», onde o seu autor, António Ramos de Almeida,<br />
fez minuciosa e pormenorizada análise ao incomparável escritor, à sua obra, vista e<br />
apreciada sob variados aspectos, à sua vida, etc.<br />
No prefácio dizem os editores: «Durante vários anos, desenvolveu-se entre<br />
nós uma larga campanha de descrédito com que se procurou, em vão, atingir não<br />
só o genial Eça, mas também toda a notável geração de 70. A inevitável reacção<br />
do bom senso e da justiça, em relação a esses homens, começou a surgir no Brasil,<br />
a que algumas vozes isoladas de portugueses ousaram vir juntar-se. Entretanto, a<br />
imortalidade da Obra de Eça não se compadeceu com tão inútil campanha e o preito<br />
de admiração e de respeito que hoje lhe rende toda a moderna geração da cultura<br />
portuguesa, constitui, portanto, não apenas um dever de justiça, mas também de<br />
necessária e imperativa reabilitação».<br />
Para que os nossos leitores possam avaliar do espirito criterioso do autor deste<br />
livro, no capitulo intitulado «Eça para além dos cem anos», ao referir-se ao presente<br />
ano – ao ano do centenário de Eça –, diz: «A época das Ditaduras feneceu. Os Hitlers<br />
e os Mussolines, dois símbolos da tirania que sairam das massas para as trair e se<br />
bandearem, desapareceram tràgicamente da vida política da Europa. O fascismo<br />
rendeu-se incondicionalmente. O dístico Eleições Livres tornou-se a palavra de ordem<br />
na Europa Ocidental.» E mais adiante diz: «Neste instante histórico em que parece<br />
que vamos assistir a uma viragem, Eça surge-nos como o romancista português que<br />
nos lega o mapa social e humano de uma época, o testamento de uma classe, a crítica<br />
de uma sociedade».<br />
«Eça» é, sob todos os aspectos – literário, histórico e social – o mais completo<br />
e perfeito livro que àcêrca do grande escritor surge no ano em que se vai celebrar o<br />
seu 1.º centenário.<br />
À Livraria Latina Editora agradecemos a oferta desta obra que já se encontra à<br />
venda nas livrarias desta cidade” 35 .<br />
47<br />
34 Flôr do Tâmega. Amarante, ano 60, n.º 3056 (26 de agosto de 1945) p. 3.<br />
35 Democracia do Sul. Évora (11 de novembro de 1945).