CURRICULUM VITAE - CAP - Agricultores de Portugal
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<strong>de</strong> bovino. Assim, inquiriu-se a Fe<strong>de</strong>ração Nacional das Associações dos Comerciantes<br />
<strong>de</strong> Carnes, a qual indicou os preços da “Carne <strong>de</strong> bovino <strong>de</strong> 1ª” (não são aqui<br />
consi<strong>de</strong>rados os preços <strong>de</strong> carne <strong>de</strong> bovino extra, como o lombo e a vazia) e da “Carne<br />
<strong>de</strong> bovino <strong>de</strong> 2ª”, em euros por quilograma, para o ano <strong>de</strong> 2005. Como estes preços<br />
foram disponibilizados apenas para o ano <strong>de</strong> 2005, foram extrapolados para os restantes<br />
anos do período em análise (2000 a 2004 e 2006 a 2009), usando o Índice <strong>de</strong> Preços no<br />
Consumidor relativo aos “Produtos alimentares não transformados”, publicado pelo<br />
INE. Para o período consi<strong>de</strong>rado (2000-2009) este índice <strong>de</strong> preços aparece com três<br />
anos base distintos (base em 1997, para os anos 2000 a 2002; base em 2002, para os<br />
anos 2003 a 2008; e base em 2008, para o ano <strong>de</strong> 2009), tendo-se convertido toda a série<br />
para a base <strong>de</strong> 1997.<br />
Em relação aos dois preços assim obtidos – o da “Carne <strong>de</strong> bovino <strong>de</strong> 1ª” e o da “Carne<br />
<strong>de</strong> bovino <strong>de</strong> 2ª” – foi calculada a média aritmética simples, tendo-se ficado com o<br />
preço da “Carne <strong>de</strong> bovino”.<br />
Finalmente, a este preço foi aplicada a “taxa <strong>de</strong> aproveitamento transformadordistribuidor”<br />
<strong>de</strong> 0,72, uma vez que, da carne <strong>de</strong> bovino adquirida pelo distribuidor ao<br />
transformador, se aproveitam, em média, 72% (valor indicado por organizações do<br />
sector) para serem vendidos pelo distribuidor ao consumidor final (os restantes 23% são<br />
<strong>de</strong>sperdício – ossos e gorduras). Obtém-se, assim, o preço da carne <strong>de</strong> bovino na<br />
distribuição.<br />
Com o objectivo <strong>de</strong> comparar a evolução dos preços da carne <strong>de</strong> bovino na produção com a<br />
evolução dos custos dos meios <strong>de</strong> produção agrícolas, utilizou-se o “Índice <strong>de</strong> preços dos<br />
meios <strong>de</strong> produção na agricultura”, publicado nas Estatísticas Agrícolas, como já foi referido<br />
no ponto 2.1, relativamente ao sector do leite.<br />
Em relação à qualida<strong>de</strong> dos dados recolhidos sobre os diversos preços da carne <strong>de</strong> bovino,<br />
po<strong>de</strong>-se inferir que a mesma não é homogénea. No caso dos preços na produção e na<br />
transformação utilizaram-se dados da autorida<strong>de</strong> estatística nacional (o INE), o que lhes<br />
confere uma boa credibilida<strong>de</strong>. O único senão é a inexistência <strong>de</strong> um preço único para a carne<br />
<strong>de</strong> bovino, o que obrigou a fazer médias <strong>de</strong> diferentes tipologias <strong>de</strong> carne <strong>de</strong> bovino (como<br />
acima se explicou), o que conduz a resultados não tão exactos, comparativamente com a<br />
hipótese alternativa <strong>de</strong> ser o próprio INE a ter efectuado esse tratamento, com base nos dados<br />
originais. Quanto aos preços na distribuição, não foi possível recorrer a fontes estatísticas<br />
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