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Engenharia de Pesca da UFERSA

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Projeto Pe<strong>da</strong>gógico <strong>de</strong> Curso – <strong>Engenharia</strong> <strong>de</strong> <strong>Pesca</strong> 14<br />

São apresenta<strong>da</strong>s, a seguir, informações sobre o status atual <strong>da</strong> aqüicultura e <strong>da</strong><br />

pesca no Brasil, especialmente na Região Nor<strong>de</strong>ste e no Estado do Rio Gran<strong>de</strong> do<br />

Norte, para <strong>de</strong>monstrar as oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s potenciais <strong>de</strong> atuação do Engenheiro <strong>de</strong> <strong>Pesca</strong><br />

em nosso país e em nossa região, bem como a importante função social e econômica<br />

<strong>de</strong>sse profissional em nosso meio.<br />

A indústria <strong>da</strong> pesca no Brasil<br />

Enquanto a produção pesqueira anual do Peru e do Chile é <strong>de</strong>, respectivamente,<br />

10,6 e 4,3 milhões <strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s, a produção pesqueira marinha no Brasil não ultrapassa<br />

450 mil tonela<strong>da</strong>s/ano. Apesar <strong>da</strong> gran<strong>de</strong> extensão territorial <strong>de</strong> nossa costa, com 8.500<br />

km <strong>de</strong> litoral, as características oceanográficas <strong>de</strong> nossas águas oceânicas não<br />

favorecem a produção biológica. Portanto, numa escala mundial, só po<strong>de</strong>mos esperar<br />

níveis mo<strong>de</strong>stos <strong>de</strong> produção, como, <strong>de</strong> fato, ocorre. Não bastasse isso, já <strong>de</strong> algum<br />

tempo se verifica a sobre-exploração dos nossos recursos pesqueiros marinhos, com a<br />

realização <strong>de</strong> práticas pre<strong>da</strong>tórias <strong>de</strong> pesca, que não respeitam os limites naturais dos<br />

estoques.<br />

O Programa dos Recursos Vivos <strong>da</strong> Zona Econômica Exclusiva – REVIZEE,<br />

que estudou exaustivamente os estoques pesqueiros na costa brasileira, mostrou a<br />

inexistência <strong>de</strong> estoques <strong>de</strong> pescado capazes <strong>de</strong> gerar ou sustentar um aumento<br />

significativo na produção.<br />

No Brasil, as Regiões Sul e Su<strong>de</strong>ste contribuem com 54% <strong>da</strong> produção pesqueira<br />

marinha, dos quais 47% são <strong>da</strong> pesca industrial, que emprega entre 70.000- 80.000<br />

pescadores. As Regiões Nor<strong>de</strong>ste e Norte contribuem com 40% do total, sendo que<br />

apenas 5% <strong>da</strong> produção é proveniente <strong>da</strong> pesca industrial. A produção <strong>da</strong> pesca<br />

artesanal, que não tem registros estatísticos confiáveis e, portanto, <strong>de</strong>ve estar<br />

francamente subestima<strong>da</strong>, <strong>de</strong>ve empregar mais <strong>de</strong> 300.000 pescadores e contribuir com<br />

mais <strong>da</strong> meta<strong>de</strong> <strong>da</strong> captura marinha brasileira. Ressalta-se, ain<strong>da</strong>, que o produto <strong>da</strong>s<br />

pescarias artesanais também é uma importante fonte <strong>de</strong> alimento e ren<strong>da</strong> para inúmeras<br />

famílias <strong>da</strong> Região Nor<strong>de</strong>ste do Brasil.<br />

Os cientistas que atuam na área <strong>de</strong> pesca em nosso país são unânimes em afirmar<br />

que a produção pesqueira marinha no Brasil não tem mais po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> aumento. Portanto,<br />

<strong>de</strong>vido a importância <strong>da</strong> pesca como fonte <strong>de</strong> alimento e <strong>de</strong> trabalho, é preciso buscar<br />

maneiras <strong>de</strong> garantir que os estoques pesqueiros continuem a ser produtivos em longo<br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural do Semi-Árido<br />

maio/2009

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