Engenharia de Pesca da UFERSA
Engenharia de Pesca da UFERSA
Engenharia de Pesca da UFERSA
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Projeto Pe<strong>da</strong>gógico <strong>de</strong> Curso – <strong>Engenharia</strong> <strong>de</strong> <strong>Pesca</strong> 17<br />
último ano, as exportações <strong>de</strong> camarão congelado pelo RN geraram uma captação <strong>de</strong><br />
divisas <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 47 milhões <strong>de</strong> dólares, sendo ao lado do petróleo, melão e<br />
castanha <strong>de</strong> caju, um dos principais itens <strong>da</strong> pauta <strong>de</strong> exportação do RN.<br />
Em princípio, as áreas <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> camarão no RN se restringiram às zonas<br />
próximas à costa, quando se utilizava águas <strong>de</strong> origem estuarina ou oceânica.<br />
Entretanto, como o camarão branco Litopenaeus vannamei po<strong>de</strong> ser cultivado em águas<br />
com salini<strong>da</strong><strong>de</strong> variando <strong>de</strong> 1 a 40 partes por mil, o cultivo <strong>de</strong> camarão no RN se<br />
interiorizou. Hoje, a região <strong>de</strong> Mossoró-RN é a área on<strong>de</strong> a carcincicultura tem mais<br />
crescido, sendo também aquela on<strong>de</strong> as perspectivas são mais promissoras. As duas<br />
principais vantagens ecológicas <strong>da</strong> carcinicultura na região <strong>de</strong> Mossoró são (i) a<br />
implantação dos viveiros em áreas conheci<strong>da</strong>s como <strong>de</strong>sertos salinos, inúteis para<br />
agricultura e longe dos ecossistemas extremamente sensíveis <strong>de</strong> mangues e (ii) o<br />
abastecimento dos viveiros é realizado utilizando água <strong>de</strong> poços do calcário Jan<strong>da</strong>íra,<br />
recurso hídrico abun<strong>da</strong>nte na região, mas até então subutilizado por apresentar<br />
salini<strong>da</strong><strong>de</strong> eleva<strong>da</strong> para irrigação <strong>de</strong> algumas culturas.<br />
Portanto, os vigorosos números <strong>da</strong> carcinicultura potiguar, acima apresentados,<br />
atestam a inequívoca e incontestável vocação do RN para esta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> agroindustrial.<br />
Contudo, para manutenção e crescimento <strong>de</strong>ssa importante ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica no RN,<br />
existe a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> formação <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra altamente qualifica<strong>da</strong>. Nesse sentido,<br />
o Engenheiro <strong>de</strong> <strong>Pesca</strong> formado pela <strong>UFERSA</strong>, po<strong>de</strong>rá atuar na assistência técnica aos<br />
produtores, como gerente técnico <strong>de</strong> larviculturas e <strong>de</strong> plantas processadoras, no<br />
comércio <strong>de</strong> exportações, ou ain<strong>da</strong> ser um empreen<strong>de</strong>dor, preenchendo um mercado<br />
profissional atualmente sub-explorado, contribuindo <strong>de</strong>cisivamente para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento econômico e social do RN.<br />
Piscicultura<br />
As espécies <strong>de</strong> peixe mais cultiva<strong>da</strong>s ultimamente no Nor<strong>de</strong>ste do Brasil são as<br />
tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus) e as tilápias vermelhas (híbridos <strong>de</strong><br />
Oreochromis spp.). O cultivo vem se <strong>de</strong>senvolvendo em viveiros, com produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 10 t/ha/ano e, sobretudo, em tanques-re<strong>de</strong> localizados nos reservatórios do<br />
Rio São Francisco, on<strong>de</strong> tem sido atingi<strong>da</strong> a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 50 kg/m 3 /ciclo.<br />
No Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, além <strong>da</strong>s tilápias, são cultivados ain<strong>da</strong> tambaquis,<br />
tambacus e curimatãs. No ano <strong>de</strong> 1999, havia 69 produtores <strong>de</strong> peixes no RN, sendo 47<br />
Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural do Semi-Árido<br />
maio/2009