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Historia

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trabalhistas para criar uma federação de cooperativas. Em 1862, os<br />

delegados espanhóis na Exposição de Londres parecem ter tomado<br />

parte nas discussões que precederam a criação da Primeira<br />

Internacional, e em 1865 a agência da Associação em Paris<br />

anunciava que mantinha correspondência com os "democratas<br />

espanhóis". Finalmente, no Congresso da Internacional em<br />

Bruxelas, em 1868, o primeiro delegado espanhol, um ourives<br />

catalão, apareceu sob o nome de Sarro Magallan - seu verdadeiro<br />

nome era A. Marsal y Anglosa - e representou a Associação dos<br />

Trabalhadores da Catalunha e a Legión Ibérica del Trabajo.<br />

Marsal constituiu o elo entre as duas fases do movimento da classe<br />

trabalhadora na Espanha, uma vez que em 1870 ele estaria<br />

presente ao primeiro Congresso da Internacional da Federação<br />

Espanhola.<br />

Mas o verdadeiro começo do movimento anarquista na<br />

Espanha foi motivado pela Revolução de setembro de 1868, que<br />

levou a rainha Isabel ao exílio. Isto pareceu a Bakunin uma<br />

oportunidade de ouro para o estabelecimento da Internacional - sob<br />

sua própria égide, e não sob a de Marx - através dos Pireneus.<br />

Conseqüentemente, organizou uma campanha missionária de<br />

dimensões consideráveis. Elie Reclus, irmão do antropólogo<br />

Elisée, e pelo menos dois dos discípulos marselheses de Bakunin -<br />

Bastelica e Charles Alerini - foram à Espanha nos últimos meses<br />

de 1868, em nome dos interesses de Bakunin, mas a tradição<br />

anarquista espanhola foi justa em reconhecer que o mérito do<br />

estabelecimento de seu movimento coube principalmente a<br />

Giuseppe Fanelli, que chegou a Barcelona, quase sem um tostão,<br />

em outubro de 1868. E muito curioso, considerando a reputação<br />

que Barcelona viria a ter como centro do anarquismo espanhol,<br />

que Fanelli não tenha conseguido estabelecer qualquer contato<br />

nessa cidade, seguindo então para Madri, onde Fernando Garrido o<br />

indicou a alguns jovens tipógrafos federalistas que já conheciam as<br />

idéias libertárias por meio das traduções que Pi fizera de<br />

Proudhon, mas que não tinham sequer ouvido falar sobre a<br />

Internacional. Gonzales Morago, o único membro do grupo que<br />

conhecia um pouco de francês e podia, portanto, comunicar-se<br />

com Fanelli, organizou<br />

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