Historia
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do mutualismo proudhoniano. No jornal mensal Republik der<br />
Arbeiter, que publicou em Nova York de 1850 a 1854, ele<br />
criticava as "colônias utópicas" experimentais que ainda eram<br />
numerosas nos Estados Unidos, afirmando que estas serviam<br />
apenas para desviar a atenção dos operários que - segundo<br />
Weitling - deveriam atacar o problema vital do crédito através da<br />
fundação de um Banco de Trocas. O Banco de Trocas, afirmava<br />
ele, assumindo um tom nitidamente proudhoniano, "é a alma de<br />
todas as reformas, a base de todo o trabalho cooperativo". O banco<br />
instalaria lojas que ofereceriam matéria-prima e produtos<br />
manufaturados, emitindo papel-moeda com base no valor do<br />
trabalho, para facilitar sua troca. Haveria associações profissionais<br />
de assalariados filiadas ao banco, visando à produção cooperativa,<br />
e os lucros das operações de troca permitiriam que o banco<br />
financiasse o ensino, a saúde e o atendimento aos idosos e<br />
incapacitados. Por esse meio - e sem a intervenção do Estado ou a<br />
eliminação do produtor individual - o banco destruiria o<br />
monopólio capitalista, criando uma estrutura econômica que<br />
tornaria desnecessárias todas as instituições políticas. Essas idéias<br />
exerceram sem dúvida uma influência muito maior sobre o<br />
movimento neoproudhoniano do século XIX nos Estados Unidos<br />
do que na Alemanha.<br />
Vários outros teóricos sociais alemães sofreram a influência<br />
do anarquismo proudhoniano durante a década de 1840. Um dos<br />
mais ardorosos convertidos, Karl Grün, conheceu Proudhon em<br />
Paris em 1844, e seu Die Soziale Bewegung in Frankreich und<br />
Belgien foi o primeiro trabalho a apresentar as idéias de Proudhon<br />
ao público alemão. Grün era um versátil literato que, tal como<br />
Proudhon, também fora, durante um breve e decepcionante<br />
período, membro do Parlamento na Assembléia Nacional<br />
Prussiana (em 1849), tendo passado a maior parte da vida no<br />
exílio, morrendo em Viena, em 1887. Na mocidade, Grün<br />
sentira-se atraído pela filosofia mutualista e, na verdade, foi além<br />
dela, chegando a criticar Proudhon por este não se colocar contra o<br />
sistema de salários. Segundo Grün, a crescente complexidade da<br />
indústria tornava impossível qualquer avaliação justa ou exata do<br />
valor da produção de cada<br />
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