Historia
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em 1923, para formar a Nederlandisch Syndikalistisch<br />
Vakverbond. Esta jamais chegou a exercer mais do que uma<br />
pequena fração da influência que a National Arbeids Sekretariat<br />
havia mantido sobre o movimento trabalhista holandês. Na<br />
verdade, depois de 1903, o anarquismo holandês aceitou a idéia de<br />
que se havia tornado um movimento permanentemente<br />
minoritário, cujos líderes mais respeitados, como Nieuwenhuis e<br />
Cornelissen, gozavam do prestígio que, nas terras nórdicas, é<br />
concedido àquelas vozes que clamam no deserto, externando, de<br />
forma absolutamente conveniente, a consciência de um povo que<br />
se dedica basicamente à aquisição e ao gozo de riquezas materiais.<br />
O anarquismo inglês jamais chegou a ser nada além de um<br />
coro de vozes isoladas, embora algumas dessas vozes tenham sido<br />
realmente extraordinárias. Em nenhum momento os anarquistas<br />
ingleses tiveram a mais remota chance de controlar o movimento<br />
trabalhista britânico. Sempre formaram uma pequena seita, que<br />
quase só existia realmente em Londres e Glasgow e, adaptados a<br />
essa situação - sem no entanto admiti-la —, concentraram-se mais<br />
do que os libertários de outros países nas virtudes da arte e do<br />
intelecto. A única baixa provocada pela violência anarquista na<br />
Inglaterra foi a de um francês chamado Marcel Boudrin, que<br />
morreu acidentalmente em Greenwich Park em 1893, vitimado por<br />
uma bomba de fabricação caseira que deveria ter sido utilizada no<br />
exterior. Esse incidente chegou a transformar-se em tema literário,<br />
pois forneceu a Joseph Conrad o enredo para seu romance The<br />
Secret Agent; do mesmo modo, as atividades de Johann Most na<br />
Inglaterra deram a Henry James o tema para The Princess<br />
Casamassima.<br />
Mas, embora desde Shelley sempre tenha havido uma ânsia<br />
libertária entre os escritores ingleses, cujos efeitos veremos em<br />
breve, seria um erro dar a impressão de que o anarquismo na<br />
Inglaterra foi principalmente, ou quase sempre, uma atividade<br />
limitada aos homens de letras. Pelo contrário, o modesto registro<br />
do movimento demonstra um espírito experimental que abrangeu<br />
todas as formas de pensamento<br />
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