Historia
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evolucionária. A CGT como um todo também não representava<br />
maioria entre os operários da França; os teóricos do<br />
anarcossindicalismo receberam bem esse fato, uma vez que, para<br />
eles, uma organização relativamente pequena de militantes<br />
devotados poderia ativar as massas indiferentes numa situação<br />
crítica e ao mesmo tempo não perderia sua potência imergindo<br />
numa massa de inscritos inativos. A concepção bakuninista de<br />
uma elite revolucionária desempenhou importante papel na teoria<br />
anarcossindicalista.<br />
Durante a primeira década do século XX, a CGT<br />
empenhou-se na ação trabalhista, transformando-a num tenso<br />
período de greves, sabotagens, violência policial e tentativas<br />
sindicalistas de minar o moral das forças armadas. Talvez não se<br />
tenha alcançado muito, em termos materiais, na melhoria das<br />
condições de trabalho, mas isso não pareceu importar aos<br />
anarcossindicalistas; desejavam criar um clima de luta em que os<br />
antagonismos de classe se exasperassem e os trabalhadores<br />
percebessem, por experiência, a necessidade de uma solução<br />
revolucionária para o problema social.<br />
Nesse contexto de intenso conflito, os sindicalistas<br />
revolucionários elaboraram suas teorias. Começando com a<br />
concepção de uma sociedade dividida entre produtores e parasitas,<br />
viram nos sindicatos uma união de luta por parte dos produtores,<br />
uma união fortalecida pelo fato de que ligava homens pelos seus<br />
laços mais fundamentais - os laços do trabalho comum e dos<br />
interesses econômicos comuns. Apenas na luta industrial o<br />
operário realmente confronta-se com seu inimigo mais próximo, o<br />
capitalista; apenas nessa luta ele pode praticar "ação direta", ação<br />
não deturpada por intermediários. Aos olhos do sindicalista<br />
revolucionário, a ação pode ser ou não ser violenta. Pode assumir a<br />
forma da sabotagem, do boicote, da greve. Sua forma máxima é a<br />
greve geral, que os anarcossindicalistas consideraram como o meio<br />
de derrubar não apenas o capitalismo, mas também o Estado, e de<br />
instaurar o milênio libertário. Esse ensinamento reforçou a<br />
tradicional rejeição do anarquista à ação política, visto que o<br />
sindicato parecia proporcionar uma alternativa prática ao partido<br />
político; também<br />
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