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Historia

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não-comprometidos se imbuíssem do espírito libertário. Por volta<br />

de 1919, quando a CNT realizou seu congresso em Madri, o<br />

número de membros havia crescido para 700 mil, em sua maioria<br />

da Catalunha, Andaluzia, Levante e Galícia, onde o movimento<br />

recentemente formara um novo centro de atividade*.<br />

Como a organização revolucionária mais influente na<br />

Espanha, a CNT era assiduamente cortejada pela (Terceira)<br />

Internacional Comunista, recém-fundada. No início, seus membros<br />

foram atraídos pelo fascínio causado pelo êxito da Revolução na<br />

Rússia, e um grupo de delegados enviados a Moscou, liderado por<br />

Andres Nin e Joaquim Maurin (mais tarde líderes do dissidente<br />

marxista Partido Obrero de Unificación Marxista), prometeu o<br />

apoio da Federação para a organização comunista. Em 1921,<br />

entretanto, outro líder sindicalista, Ángel Pestana, voltou da Rússia<br />

com as notícias da perseguição dos anarquistas e da repressão<br />

brutal do motim dos marinheiros do Kronstadt. Seu relato causou<br />

repulsa geral entre os anarquistas e sindicalistas espanhóis, e no<br />

Congresso de Saragoça, em 1922, a CNT reafirmou sua crença no<br />

comunismo libertário e decidiu retirar-se da Terceira Internacional,<br />

dando sua adesão a uma nova organização sindicalista, a<br />

Associação Internacional dos Trabalhadores, que estava sendo<br />

fundada em Berlim. Não houve em seguida nada semelhante ao<br />

êxodo em massa dos militantes anarcossindicalistas franceses para<br />

o recém-fundado Partido Comunista, durante o início da década de<br />

1920. As fileiras dos anarquistas espanhóis continuaram sólidas.<br />

O período de 1919 a 1923, ano da instituição da ditadura de<br />

Primo de Rivera, foi turvado por um sério conflito entre a CNT e<br />

as organizações patronais de Barcelona. A violência<br />

* Aqui é necessário cautela ao aceitar os números apresentados pelos anarquistas<br />

espanhóis, em especial porque a CNT marcou-se por sua negligência em manter<br />

registros dos seus membros. Entretanto, é digno de observação que até um<br />

escritor tão objetivo como Gerald Brenan sugira que "houve ocasiões em que o<br />

movimento anarcossindicalista liderava de um milhão a um milhão e meio de<br />

trabalhadores", embora junte a essa afirmação a observação de que "o núcleo de<br />

adeptos persistentemente fiéis da CNT não excedeu 200 mil".<br />

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