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Historia

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Congresso de Londres na mais tumultuada de todas as reuniões da<br />

Segunda Internacional. A exceção dos sindicalistas franceses, que<br />

foram admitidos por uma incoerente decisão, que isentava os<br />

delegados sindicais de aceitar a necessidade da ação política,<br />

houve mais de trinta delegados anarquistas. Paul Singer, o<br />

presidente alemão, tentou encerrar a questão das admissões, sem<br />

permitir que os anarquistas falassem. Keir Hardie, líder do Partido<br />

Trabalhista Independente, presidente-substituto nesse dia,<br />

asseverou que se permitiria a ambos os lados uma audiência<br />

completa e imparcial, antes de proceder à votação. Gustav<br />

Landauer, Malatesta e Nieuwenhuis todos falaram por fim, e o<br />

último resumiu, com eficácia, suas afirmações, ao declarar:<br />

Este Congresso tem sido chamado de um<br />

Congresso Socialista geral. Os convites nada dizem<br />

sobre anarquistas e democratas-sociais. Falam apenas<br />

de socialistas e sindicatos. Ninguém pode negar que<br />

pessoas como Kropotkin e Reclus, e todo o<br />

movimento anarquista-comunista, dependem da base<br />

socialista. Caso eles sejam excluídos, o objetivo do<br />

Congresso terá sido deturpado.<br />

A decisão sobre a admissão dos anarquistas foi retardada por<br />

uma disputa dentro da delegação francesa quanto a essa real<br />

controvérsia, que ocupou a maior parte do segundo dia do<br />

Congresso. Por uma maioria absoluta de cinqüenta e sete contra<br />

cinqüenta e cinco, os franceses votaram, em reunião secreta da<br />

liderança, contra a exclusão dos anarquistas. Porém, os marxistas<br />

franceses, conduzidos por Millerand, antes de aceitarem uma<br />

decisão majoritária tão desagradável para eles, decidiram retirar-se<br />

e solicitaram ao Congresso a autorização de duas delegações<br />

francesas, cada uma com seu próprio voto. Semelhante proposta<br />

era contrária ao procedimento geral da Segunda Internacional, que<br />

deu a cada país um único voto, e era apoiada apenas pelos<br />

marxistas alemães porque, casualmente, favorecia seus interesses.<br />

Tanto Bernard Shaw quanto o socialista belga Vandervelde<br />

combateram a moção e esta só foi aprovada devido aos alemães<br />

terem tido o apoio de<br />

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