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Historia

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Schwitzguébel, os últimos líderes do anarquismo na região do<br />

Jura. Bakunin, porém, não era ainda um membro da Internacional<br />

e foram os mutualistas que, nesse ponto, sustentaram a polêmica<br />

contra os autoritários, em favor de um programa estritamente da<br />

classe trabalhadora, baseado na associação e no crédito mútuos,<br />

dentro do espírito das sugestões de Proudhon em De la capacité<br />

politique des classes ouvrièrs (Da capacidade política das classes<br />

trabalhadoras).<br />

De acordo com essa postura, os mutualistas procuraram<br />

restringir os membros da Internacional aos verdadeiros<br />

trabalhadores manuais; eles malograram como conseqüência de<br />

forte oposição dos sindicalistas britânicos. Malograram igualmente<br />

quando combateram uma resolução marxista que, sob o pretexto<br />

de aprovar legislação para proteger o trabalho, sutilmente<br />

introduzia o conceito de "estado operário", já que reivindicava<br />

que, "ao obrigar a adoção de tais leis, a classe trabalhadora não<br />

consolidaria o poder governante, mas, ao contrário, transformaria<br />

esse poder, que agora é usado contra ela, em seu próprio<br />

instrumento". Por outro lado, eles alcançaram uma vitória mínima,<br />

ao persuadirem o Congresso a aprovar uma resolução para o<br />

estabelecimento de um banco de crédito mútuo, tanto quanto<br />

garantindo a sanção para a promoção de sociedades cooperativas<br />

de produtores como parte vital da luta geral pela liberdade dos<br />

trabalhadores.<br />

Uma mudança pronunciada logo se tornou evidente no<br />

equilíbrio de poder dentro da Internacional. Em Lausanne, em<br />

1867, os mutualistas estavam perceptivelmente mais fracos, em<br />

larga medida por causa da amplitude do ponto de vista coletivista<br />

na França. Isto resultou num acordo de Tolain e seus adeptos<br />

acerca das resoluções que exigiam a intervenção estatal na<br />

educação e - mais importante - a propriedade pública dos meios de<br />

transporte e troca. A redação deliberadamente ambígua da última<br />

resolução tornou-a aceitável tanto para aqueles que desejavam a<br />

propriedade estatal como para aqueles que preferiam o controle<br />

pelas associações de trabalhadores. No entanto, os mutualistas<br />

novamente conseguiram um pequeno êxito ao obter o adiamento<br />

da questão da propriedade<br />

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