Informalidade no projeto formal de habitação - blog da Raquel Rolnik
Informalidade no projeto formal de habitação - blog da Raquel Rolnik
Informalidade no projeto formal de habitação - blog da Raquel Rolnik
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e sociabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Este capítulo <strong>de</strong>stina-se a questionar o que é ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, e<br />
suas relações. Assim, vamos elaboorar algumas formulações<br />
sobre o que conceituo sobre ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e sociabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Ao primeiro momento, po<strong>de</strong> parecer estranho a inclusão<br />
<strong>da</strong> discussão <strong>da</strong> sociabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro do contexto <strong>de</strong><br />
<strong>projeto</strong>. Entendido, porém, <strong>no</strong> contexto amplo, sociabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong> se referir também à urbani<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas não se<br />
restringe a ela. O espaço <strong>da</strong> interação social, este <strong>da</strong> sociabili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong>fine em gran<strong>de</strong> medi<strong>da</strong> o espaço urba<strong>no</strong>, e<br />
as próprias maneiras <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar, pensar, e projetar (direta<br />
ou indiretamente) o construído. Neste sentido, a relação<br />
social é fator urba<strong>no</strong>. E é, portanto, fator <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>.<br />
a questão <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Quando analisamos uma situação projetual, <strong>no</strong>s é ensinado<br />
uma série <strong>de</strong> passos para que consigamos realizar<br />
o <strong>projeto</strong>. Efetivamente, porém não necessariamente eficazmente.<br />
A caixinha <strong>de</strong> saber on<strong>de</strong> colocamos o <strong>projeto</strong><br />
<strong>de</strong>ve ser expandi<strong>da</strong> um pouco além <strong>da</strong> simples análise<br />
técnica, e é neste momento que a questão <strong>da</strong> interação<br />
social se faz mais presente. Esse fator se faz fun<strong>da</strong>mental<br />
na ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, pois, como a interação <strong>de</strong>fine, junto a outras<br />
conjunturas, o tecido urba<strong>no</strong> <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, ele <strong>de</strong>fine o espaço<br />
construído. E construído <strong>no</strong> sentido do que se constrói,<br />
efetivamente, e não apenas <strong>no</strong> sentido <strong>de</strong> edificar; <strong>de</strong>fine<br />
o tipo <strong>de</strong> <strong>habitação</strong>, o tipo <strong>de</strong> uso, ou seja, ele espacializa<br />
a relação que o habitante possui com o local para o espaço<br />
social.<br />
Transferindo para o campo <strong>da</strong> prática a afirmação anterior,<br />
é fácil verificar ela através do espaço construído. É<br />
35