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Informalidade no projeto formal de habitação - blog da Raquel Rolnik

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A criação <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s i<strong>de</strong>ntificados com um <strong>de</strong>terminado<br />

tipo <strong>de</strong> tecido acabou se tornando, ao final, o mote<br />

<strong>de</strong>ste trabalho. Contudo, o mesmo objetivo redundou na<br />

observação <strong>de</strong> uma falha <strong>no</strong> <strong>projeto</strong>, mas numa confirmação<br />

<strong>da</strong> teoria.<br />

As diretrizes <strong>de</strong>fendi<strong>da</strong>s pelo parte teórica – e expostas,<br />

ain<strong>da</strong> que <strong>de</strong> maneira superficial, na parte projetual<br />

– foram cria<strong>da</strong>s como respostas a uma série <strong>de</strong> críticas<br />

minhas à maneira como se <strong>de</strong>senvolviam os <strong>projeto</strong>s <strong>de</strong><br />

<strong>habitação</strong> <strong>de</strong> interesse social, explicitados numa ina<strong>de</strong>quação<br />

<strong>de</strong> “k<strong>no</strong>w how” sobre como intervir em favelas,<br />

apreen<strong>de</strong>r suas características e <strong>da</strong>í então, gerar um <strong>projeto</strong><br />

“a<strong>de</strong>quado”. As críticas a <strong>projeto</strong>s <strong>de</strong>senvolvidos por<br />

pessoas não especializa<strong>da</strong>s <strong>no</strong> assunto, mas, ain<strong>da</strong> assim,<br />

bastante requisita<strong>da</strong>s <strong>no</strong> cenário arquitetônico, ten<strong>de</strong>m a<br />

reforçar tal dispari<strong>da</strong><strong>de</strong> na produção do <strong>projeto</strong>.<br />

pós-<strong>projeto</strong><br />

Conforme fui <strong>de</strong>senvolvendo o pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> massas <strong>no</strong><br />

meu trabalho, em geral, não tive dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> em construílo<br />

<strong>de</strong>ntro dos meus parâmetros <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>. As i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong><br />

agregação e sobreposição foram ficando mais claras, as<br />

questões <strong>de</strong> acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong> foram se tornando mais complexas<br />

e o resultado final é um <strong>projeto</strong> realizado na terceira<br />

dimensão diretamente – ele só é possível i<strong>de</strong>ntificar<br />

quando verificado como um todo, em planta e corte<br />

e perspectiva. E ca<strong>da</strong> uma <strong>de</strong>stas visualizações interfere<br />

e modifica em igual importância a visão sobre o objeto<br />

<strong>de</strong> estudo. Porém, a mesma lógica que criou a proposta<br />

se verificou incompleta – ela não abarcava todos os tipos<br />

<strong>de</strong> tecidos urba<strong>no</strong>s, pois a favela não era uma, eram várias.<br />

Não havia uma maneira <strong>de</strong> apropriação <strong>de</strong> espaço,<br />

mas várias – o conjunto <strong>de</strong> relações sociais se espacializa<br />

<strong>de</strong> maneiras distintas; assim a análise também o é, e por<br />

consequência o <strong>projeto</strong> também será.<br />

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