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Informalidade no projeto formal de habitação - blog da Raquel Rolnik

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trabalho a ser <strong>de</strong>senvolvido neste TFG. E não pelo fato<br />

<strong>de</strong> ser uma maneira incorreta <strong>de</strong> projetar o espaço, mas<br />

porque talvez ela não esteja verificando to<strong>da</strong>s as variáveis<br />

que julgo serem pertinentes <strong>no</strong> <strong>projeto</strong>. O ato <strong>de</strong> criar o<br />

espaço ten<strong>de</strong> a consi<strong>de</strong>rar diversos aspectos, que foram<br />

incorporados ao longo do tempo à visão do arquiteto; conforto<br />

ambiental, entor<strong>no</strong> urba<strong>no</strong>, circulações e usos, ca<strong>da</strong><br />

um correspon<strong>de</strong> a um critério projetual. Porém, há algumas<br />

variáveis que, ain<strong>da</strong> que <strong>no</strong> ato <strong>de</strong> projetar se tenha<br />

ciência <strong>de</strong> sua existência, ten<strong>de</strong>m a ser <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s,<br />

inconscientemente, seja pelo fato <strong>de</strong> realmente não terem<br />

importância, <strong>no</strong> momento <strong>da</strong> concepção, para o partido<br />

inicial, seja por realmente não ter uma experiência ou<br />

conhecimento prévio sobre como trabalhar tais variáveis.<br />

Como enten<strong>de</strong>r a questão <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> - urbana, construí<strong>da</strong>,<br />

habitacional, e tantos outros tipos - como fator <strong>de</strong><br />

<strong>projeto</strong> O que manter e o que preservar, e como integrar<br />

isto ao <strong>no</strong>vo conceito Como enten<strong>de</strong>r a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> existente e<br />

projetar parte <strong>de</strong>la, e não um sistema isolado<br />

Essas questões são aplicáveis a todos os <strong>projeto</strong>s; contudo,<br />

o foco <strong>de</strong>ste trabalho resi<strong>de</strong>, sumariamente, em<br />

como intervir em áreas <strong>de</strong> um tecido urba<strong>no</strong> específico<br />

– o <strong>da</strong> favela em área urbana. Apesar <strong>de</strong> altamente específico,<br />

não é pequena a varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhos que se aprofun<strong>da</strong>m<br />

sobre a temática <strong>da</strong> favela e o “como” intervir.<br />

Como fenôme<strong>no</strong> urba<strong>no</strong>, sua imagem causa estranheza<br />

à primeira vista. Por outro lado, a favela surge como solução<br />

urbana a um problema crônico habitacional <strong>de</strong> uma<br />

população <strong>de</strong> baixa e baixíssima ren<strong>da</strong>, apropriando <strong>de</strong><br />

áreas <strong>de</strong>socupa<strong>da</strong>s, intersticiais, encostas, áreas alagáveis,<br />

e outras áreas <strong>de</strong> baixo interesse pelo mercado imobiliário<br />

(até <strong>de</strong>terminado momento), ou que possuam uma difícil<br />

ocupação ou até mesmo uma baixa <strong>no</strong>rmalização pelas<br />

regras urbanísticas - uso e ocupação do lote, zoneamento,<br />

entre outros.<br />

A princípio, a explicação <strong>da</strong><strong>da</strong> é simplista, porém consegue<br />

generalizar, sob amplo espectro, uma gran<strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ocupações informais que ocorrem <strong>de</strong>ntro do mu-<br />

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