jardim planalto I, II e III æ iguaçu parque santa ma<strong>da</strong>lena I parque santa ma<strong>da</strong>lena II jardim elba jardim adutora 24 58
um direito à ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, citando Lefèbvre; contudo, o direito à moradia digna também é um direito à ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Numa ci<strong>da</strong><strong>de</strong> como São Paulo, on<strong>de</strong> há escassez <strong>de</strong> terre<strong>no</strong>s para criação <strong>de</strong> <strong>no</strong>vas moradias e há assentamentos irregulares <strong>de</strong> altíssimas <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s localizados em áreas <strong>de</strong> importância ambiental, a solução pensa<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve, <strong>de</strong> alguma maneira, conciliar as possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s distintas <strong>de</strong> dois programas como é a área <strong>de</strong> lazer a a <strong>habitação</strong>. Pelo viés <strong>da</strong> Legislação, o CONAMA já consi<strong>de</strong>ra esta alternativa como viável, explicitando em sua Resolução nº 369, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2006, que “dispõe sobre os casos excepcionais, <strong>de</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong> pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão <strong>de</strong> vegetação em Área <strong>de</strong> Preservação Permanente-APP”. O relevo também é um outro impeditivo. A área é <strong>de</strong> risco, com <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s muito acentua<strong>da</strong>s e <strong>de</strong>sníveis quealcançam mais <strong>de</strong> 50m. ao mesmo tempo, O <strong>de</strong>snível do relevo po<strong>de</strong> levar a situações projetuais interessantes, como a utilização <strong>da</strong>s lajes <strong>da</strong>s habitações como possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso a outros níveis do terre<strong>no</strong>. Como repensar um bairro que sofrerá uma intervenção, misturá-lo com áreas <strong>de</strong> lazer e com o existente, <strong>de</strong> modo a conseguir manter a população original residindo <strong>no</strong> local Como aliar as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s regionais, com a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> por áreas <strong>de</strong> lazer e um aumento <strong>de</strong> área ver<strong>de</strong> por habitante, junto à <strong>de</strong>man<strong>da</strong> por <strong>habitação</strong> dignaA criação <strong>de</strong> <strong>habitação</strong> inseri<strong>da</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um parque como tradicionalmente se pensaremete a um sistema isolado, on<strong>de</strong> os prédios aparentam estar dispersos pela , sem efetiva- mente parecerem integrados a um pla<strong>no</strong> maior <strong>de</strong> bairro. A i<strong>de</strong>ia é conectar, e não dispersar. Fazendo um estudo do entor<strong>no</strong> do objeto, é possível encontrar, dispersos pelo espaço, pequenas praças, corredores centrais <strong>de</strong> ruas e outros espaços muito peque<strong>no</strong>s que po<strong>de</strong>riam ter uma função maior. A i<strong>de</strong>ia é articular um sistema <strong>de</strong> áreas livres <strong>no</strong> local, em uma pequena escala, criando praças integra<strong>da</strong>s, com áreas <strong>de</strong> lazer, comércio e <strong>de</strong>scanso, articula<strong>da</strong>s às habitações a serem construí<strong>da</strong>s. Além disso, pensar na conexão <strong>de</strong>sse sistema além dos limites municipais e pensar na integração com o sistema <strong>de</strong> transporte a ser criado é um ponto importante do sistema como um todo. Dar importância à rua, retomar a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> vizinhança e relembrar a apropriação do espaço. To<strong>da</strong>s as características anteriores <strong>de</strong>vem estar associa<strong>da</strong>s <strong>de</strong> modo a proporcionar a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> rua – seja a rua conheci<strong>da</strong>, seja a viela “transforma<strong>da</strong> em rua”. A rua como local múltiplo, plural, lugar do encontro <strong>de</strong>vem estar coloca<strong>da</strong>s na base. As característica <strong>de</strong> apropriação do espaço e do cotidia<strong>no</strong> <strong>de</strong>vem ser percebi<strong>da</strong>s como fun<strong>da</strong>mentais ao modus vivendi do morador, do usuário. Para tanto, propõe-se um modo diferente <strong>de</strong> produzir <strong>habitação</strong>, <strong>de</strong> pensar a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Partiu-se do pressuposto <strong>de</strong> que a área irá spfrer alteração já indica<strong>da</strong> pelo po<strong>de</strong>r público e que as famílias serão removi<strong>da</strong>s, propondo um <strong>no</strong>vo <strong>projeto</strong> para o local. Objetiva-se: - Desenvolvimento <strong>de</strong> uma proposta <strong>de</strong> intervenção para a área, com a criação <strong>de</strong> um pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> massas para a área, indicando áreas habitacionais, <strong>no</strong>vos acessos, siste- 24 - área <strong>de</strong> intervenção, <strong>de</strong>staque para as favelas do complexo do oratório 59