Perfil do paciente com ceratopatia bolhosa pós-facectomia atendidos em hospital público205corneal, e que a ceratopatia bolhosa parece estar maisassociada à facoemulsificação, o que <strong>de</strong>ve ser interpretadocom cautela, já que esta relação po<strong>de</strong> vir do maiornúmero <strong>de</strong> facoemulsificações realizadas no Hospitalon<strong>de</strong> foi realizado o estudo e muitas ainda realizadaspor cirurgiões inexperientes.Com a certeza <strong>de</strong> que mais estudos nesse sentido<strong>de</strong>vam ser realizados, estimulamos os hospitais com cirurgiõesem treinamento a pesquisar sobre suas complicações,<strong>de</strong>finindo claramente as principais características <strong>de</strong>stas,bem como <strong>de</strong> seus pacientes, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diminuir apresença <strong>de</strong>stes nas filas <strong>de</strong> transplante <strong>de</strong> córnea.ABSTRACTObjective: Analyze and i<strong>de</strong>ntify critically the profile ofpatients with aphakic/pseudophakic bullous keratopathyatten<strong>de</strong>d at a public hospital. Methods: Retrospectiveanalysis of 35 eyes of 35 patients with diagnosis of bullouskeratopathy, which has been followed in the <strong>de</strong>partment ofcornea and external diseases of Hospital da Pieda<strong>de</strong>. Theone whose pre and per operative data we did not find wereexclu<strong>de</strong>d. This selection of patients was done from Januaryto June of 2007. Results: As main results we found thatbullous keratopathy occurred in 22.86 % (8 eyes) of casesafter extracapsular phakectomy and 74.28 % (26 eyes)after phacoemulsification. Rupture of posterior capsule andvitreous loss was documented in 25.71% (9 eyes). In94.29% (33eyes) the intraocular lenses was in posteriorchamber, and two patients were aphakic. The visual acuityof all patients was worse than 20/200. The mean time fromphakectomy to diagnosis of bullous keratopathy was 11.93months (1-44 months). Conclusion: A<strong>de</strong>quate analysis ofcorneal endothelium is an essential condition to obtainsuccess of cataract surgery with corneal transparency, andbullous keratopathy seems to be more related tophacoemulsification. That should be read with cautionsince this relation may occur because of the higher numberof phacoemulsifications that are practiced in that Hospitalwhere the study was conducted and many of them wasperformed by training surgeons.Keywords: Corneal diseases/surgery; Cornealtransplantation/etiology; Cataract extraction/adverseeffects; Postoperative complications.REFERÊNCIAS1. Shimazaki J, Amano S, Uno T, Maeda N, Yokoi N . Nationalsurvey on bullous keratopathy in Japan. Cornea.2007;26(3):274-8.2. Al-Towerki AE, Gonnah el-S, Al-Rajhi A, Wagoner MD.Changing indications for corneal transplantation at the KingKhaled eye specialist hospital (1983- 2002). Cornea.2004;23(6):584–8.3. Al-Yousuf N, Mavrikakis I, Mavrikakis E, Daya SM. Penetratingkeratoplasty: Indications over a 10 year period. BrJ Ophthalmol. 2004;88(8):998–1001.4. Calix Netto MJ, Giustina ED, Ramos GZ, Peccini RF,Sobrinho M, <strong>de</strong> Souza LB. Major indications for corneal penetratingkeratoplasty at a reference service in Sao Paulostate (Sorocaba - SP, Brazil). Arq Bras Oftalmol.2006;69(5):661-4.5. Fabris C, Correa ZM, Marcon A, Castro TN, Marcon IM,Pawlowski C . Estudo retrospectivo dos transplantespenetrantes <strong>de</strong> córnea da Santa Casa <strong>de</strong> Porto Alegre. ArqBras Oftalmol. 2001; 64(5):449-53.6. Flores VG, Dias HL, Castro, RS. Indicações para ceratoplastiapenetrante no Hospital das Clínicas-UNICAMP. Arq BrasOftalmol. 2007;70(3):505- 8.7. Araújo AA, Melo GB, Silva RL, Araújo Neta VM . Perfilepi<strong>de</strong>miológico dos pacientes na lista <strong>de</strong> espera paratransplante <strong>de</strong> córnea no Estado <strong>de</strong> Sergipe. Arq BrasOftalmol. 2004, 67(4):613- 6.8. Dobbins KR, Price FW Jr, Whitson WE. Trends in the indicationsfor penetrating keratoplasty in the midwestern UnitedStates. Cornea. 2000; 19(6):813-6.9. Kwitko S. Endotélio e cirurgia da catarata: gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios.Arq Bras Oftalmol. 2000; 63(3):235-9 .10. Aquavella JV, Willians ZR, McCormick GJ, Singer DE.Pseudophakic bullous keratophathy. E-Medicine [ Internet].[Updated 2005 May]. Available from. http://www.emedicine.com/oph/topic107.htm11. Dick HB, Kohnen T, Jacobi FK. Long-term endothelial cellloss following phacoemulsification through a temporal incision.J Cataract Refract Surg 1996; 22(1):63-71.12. Crema AS; Walsh A; Yamane R. Perda <strong>de</strong> células endoteliasapós facoemulsificação por incisões auto selantes escleralsuperior e corneana temporal. Rev Bras Oftalmol. 1997;56(1):17-26.13. Chang D. Phaco Chop. Thorofare (NJ): Slack; 2004.14. Malerbi DA, Franco LJ. Multicenter study of the prevalenceof diabetes mellitus and impaired glucose tolerance in theurban Brazilian population aged 30-69 yr. Diabetes Care.1992; 15(11): 1509-16.15. Molina LA . Córnea guttata como fator <strong>de</strong> predisposição paraceratopatia bolhosa. Arq Bras Oftalmol; 1998; 61(4): 430.16. Leaming DV. Practice styles and preferences of ASCRS members- 2003 survey. J Cataract Refract Surg. 2004; 30(4):892-900.17. Santhiago MR, Gomes BF, Gafree FP, Varandas VS, CostaFilho AA. Tendências evolutivas dos cirurgiões <strong>de</strong> cataratapresentes no IV Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Catarata e CirurgiaRefrativa. Rev Bras Oftalmol. 2009; 68(1):13-7.18. Centurion V. Complicações per-operatórias durante afacoemulsificação. Rev Bras Oftalmol. 1999; 58(9): 687- 91.19. Rezen<strong>de</strong> F. Cirurgia <strong>de</strong> catarata. Rio <strong>de</strong> Janeiro: CulturaMédica; 2002.En<strong>de</strong>reço para correspondência:Rua Teodoro Sampaio, nº 498 apto 35 - PinheirosCEP 05406-000 - São Paulo - SPE mail: marconysanthiago@hotmail.comRev Bras Oftalmol. 2009; 68 (4): 201-5
206ARTIGO ORIGINALPrevalência <strong>de</strong> infecção por Chlamydiatracomatis em amostras oculares<strong>de</strong> pacientes com conjuntivite em laboratório<strong>de</strong> genética e biologia molecular na regiãometropolitana <strong>de</strong> FlorianópolisPrevalence of infection by chlamydia trachomatis in ocularsamples of patients with conjunctivitis in genetic and molecularbiology laboratory from metropolitan area of Florianópolis, BrazilMarcos <strong>de</strong> Oliveira Machado 1 , Diego <strong>de</strong> Souza Fraga 2 , João Fernan<strong>de</strong>s Floriano 2 ,Maria Elizabeth Menezes 3 , Jefferson Traebert 4RESUMOObjetivo: Conhecer a prevalência <strong>de</strong> infecção ocular em amostras <strong>de</strong> raspado conjuntivalcausada por C. trachomatis, no período <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2004 a junho <strong>de</strong> 2007 em laboratório<strong>de</strong> Genética e Biologia Molecular da região metropolitana <strong>de</strong> Florianópolis, SC.Métodos: Realizou-se um estudo transversal e <strong>de</strong>scritivo, envolvendo todos os casos <strong>de</strong>conjuntivite registrados no banco <strong>de</strong> dados do Laboratório <strong>de</strong> Genética e BiologiaMolecular (DNAnálise) <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2004 a junho <strong>de</strong> 2007. Foi observada a positivida<strong>de</strong><strong>de</strong> C. tracomatis nas amostras coletadas <strong>de</strong> raspado ocular. Resultados: Dos 660 examesrealizados foram <strong>de</strong>tectados 359 casos positivos (54,4%), sendo a maior parte dosexo feminino (66,3%). A prevalência foi maior na faixa etária <strong>de</strong> zero a 15 anos empacientes <strong>de</strong> ambos os sexos, sendo 55,8% para o sexo masculino e 62,5% para o sexofeminino. Verificou-se um gran<strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> casos positivos no primeiro semestre doano <strong>de</strong> 2006, representando 79,2% <strong>de</strong> todos os pacientes analisados. Conclusão: Houveum aumento no número <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> conjuntivite na região metropolitana <strong>de</strong>Florianópolis no ano <strong>de</strong> 2006, causada pela C. trachomatis no laboratório <strong>de</strong> Genéticae Biologia Molecular. O gran<strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> casos verificados sugere a necessida<strong>de</strong> daintensificação das ações <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica do tracoma nessa região paraconfirmar clinicamente o aumento da prevalência do tracoma.Descritores: Tracoma; Conjuntivite/epi<strong>de</strong>miologia; Chlamydia trachomatis; Infecçõespor Chlamydia; Conjuntivite <strong>de</strong> inclusão/epi<strong>de</strong>miologia1Doutor, Professor do Curso <strong>de</strong> Farmácia Análises Clínicas da Universida<strong>de</strong> do Sul <strong>de</strong> Santa Catarina - Tubarão - SC, Brasil;2Acadêmicos do Curso <strong>de</strong> Farmácia Análises Clinicas da Universida<strong>de</strong> do Sul <strong>de</strong> Santa Catarina. Tubarão - SC, Brasil;3Farmacêutica-Bioquímica do Laboratório <strong>de</strong> Genética e Biologia Molecular (DNAnálise) - Florianópolis - SC, - Brasil;4Doutor, Professor do Grupo <strong>de</strong> Pesquisa em Saú<strong>de</strong> Bucal Coletiva da Universida<strong>de</strong> do Sul <strong>de</strong> Santa Catarina - Tubarão - SC, Brasil.Recebido para publicação em: 4/5/2009 - Aceito para publicação em 26/7/2009Rev Bras Oftalmol. 2009; 68 (4): 206-11
- Page 3 and 4: 192Revista Brasileira de Oftalmolog
- Page 5 and 6: 194212 Biometria ultrassônica no c
- Page 7 and 8: 196Novidades na cirurgia de catarat
- Page 11 and 12: 200Leonor ACI, Dalfré JT, Moreira
- Page 13 and 14: 202Santhiago MR, Monica LAM, Kara-J
- Page 15: 204Santhiago MR, Monica LAM, Kara-J
- Page 19 and 20: 208Machado MO, Fraga DS, Floriano J
- Page 21 and 22: 210Machado MO, Fraga DS, Floriano J
- Page 23 and 24: 212ARTIGO ORIGINALBiometria ultrass
- Page 25 and 26: 214Martins FCR, Miyaji ME, Lima VL,
- Page 27 and 28: 216ARTIGO ORIGINALComparison betwee
- Page 29 and 30: 218Nakano CT, Hida WT, Kara-Jose Ju
- Page 31 and 32: 220Nakano CT, Hida WT, Kara-Jose Ju
- Page 33 and 34: 222Nakano CT, Hida WT, Kara-Jose Ju
- Page 35 and 36: 224Passos AF, Kiefer K, Amador RCIN
- Page 37 and 38: 226Passos AF, Kiefer K, Amador RCAF
- Page 39 and 40: 228Passos AF, Kiefer K, Amador RCde
- Page 41 and 42: 230Passos AF, Kiefer K, Amador RC32
- Page 43 and 44: 232Damasceno EF, Damasceno NAP, Cos
- Page 45 and 46: 234Damasceno EF, Damasceno NAP, Cos
- Page 47 and 48: 236Damasceno EF, Damasceno NAP, Cos
- Page 49 and 50: 238Marback EF, Pereira FF, Galvão
- Page 51 and 52: 240Marback EF, Pereira FF, Galvão
- Page 53 and 54: 242Aragão REM, Barreira IMA, Bezer
- Page 55 and 56: 244Aragão REM, Barreira IMA, Bezer
- Page 57 and 58: 246Sardinha M, Mendes Junior ES, Br
- Page 59 and 60: 248Sardinha M, Mendes Junior ES, Br
- Page 61 and 62: 250Instruções aos autoresA Revist
- Page 63: 252RevistaBrasileira deOftalmologia