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Jul-Ago - Sociedade Brasileira de Oftalmologia

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232Damasceno EF, Damasceno NAP, Costa Filho AAINTRODUÇÃOOestudo <strong>de</strong> propedêutica <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong> olho seconstitui numa das ferramentas fundamentaispara a formação acadêmica, durante o curso<strong>de</strong> graduação médica. Embora variável na sua gra<strong>de</strong>curricular em relação à carga horária, este tópicopedagógico é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> utilida<strong>de</strong>, até mesmo comocabedal semiológico <strong>de</strong> outras especialida<strong>de</strong>s (1,2) . Nestamesma idéia, quanto ao melhor aproveitamento <strong>de</strong>stacarga horária, as ativida<strong>de</strong>s práticas nesta área <strong>de</strong>vemser incentivadas aos alunos, para serem criadascondições, on<strong>de</strong> os mesmos busquem ativamente o conhecimento(3) .Esta proposta tem como objetivo avaliarcriativamente uma forma <strong>de</strong> aprendizado maisprático <strong>de</strong> oftalmologia na graduação médica, talcomo o exame <strong>de</strong> fundoscopia . Ainda mais oportunamente,objetiva-se avaliar a propedêutica <strong>de</strong>um novo tipo <strong>de</strong> oftalmoscópio <strong>de</strong> campo amplo. Ooftalmoscópio <strong>de</strong> campo amplo (panoptic) oferece umcampo <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> 30º, enquanto o convencionalapresenta-se com campo <strong>de</strong> 10º, mesmo comdilatação pupilar.A literatura médica é pouco rica neste assunto,<strong>de</strong>vido em parte a ser um tema didático da formaçãouniversitária médica, bem como sob o aspecto específicomais <strong>de</strong> técnica semiológica em oftalmologia. Abordando<strong>de</strong> maneira mais direta, somente há o trabalho<strong>de</strong> Mc Comiskie et al. em 2004 e outro trabalho <strong>de</strong> Gillet al. também <strong>de</strong> 2004 como técnica <strong>de</strong> “screening”para <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> retinopatia diabética (4,5) . Des<strong>de</strong> então,é pouco conhecida a diferença técnica entre osdois tipos <strong>de</strong> oftalmoscópios .Destarte, é inédita na literatura, a idéia <strong>de</strong>aproveitar a praticida<strong>de</strong> do uso do oftalmoscópio <strong>de</strong>campo amplo (panoptic) no ensino fundamental <strong>de</strong>oftalmologia.Assim, torna-se o objetivo <strong>de</strong>ste trabalho avaliarcomparativamente a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizado <strong>de</strong>oftalmoscopia pelos alunos da graduação médica daUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro (UFRJ),utilizando dois aparelhos oftalmoscópios distintos:convencional x panoptic.METODOSAmostragem: 60 alunos da turma do 8º. períododo curso <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do rio <strong>de</strong>janeiro (UFRJ), realizado <strong>de</strong> fevereiro a junho <strong>de</strong> 2002.Avaliação por meio <strong>de</strong> questionário <strong>de</strong> aprendizado,preenchido por cada estudante após a 1ª e a8ª semana <strong>de</strong> instrução <strong>de</strong> aulas práticas no ambulatório<strong>de</strong> oftalmologia.Oftalmoscópio:Oftalmoscópio direto convencional (WelchAllen)Oftalmoscópio direto <strong>de</strong> campo amplo (panoptic– Welch Allen)Observações técnicas: Todos os alunos foraminstruídos e treinados continuamente com ambas astécnicas <strong>de</strong> oftalmoscopia, simultaneamente, sem quehouvesse privilégio do treinamento <strong>de</strong> uma técnica sobrea outra.Questionário <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> aprendizado: Baseadoem variáveis com graduação qualitativa enominativa crescente <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> níveis fácil, mo<strong>de</strong>radoe difícil ( segundo a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> observação<strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong> olho e manipulação dos doisoftalmoscópios) . O auxílio dos professores oumonitores no manejo da fundoscopia seria peça fundamentalpara acerto final do questionário .Três subgrupos postulados nos questionários sãoanalisados a seguir :Manipulação dos oftalmoscópios : Fácil, comfocalização imediata sem qualquer ajuda do professorou mestrando na aula prática. Mo<strong>de</strong>rado comajuda do instrutor no máximo uma ou duas vezespara observação do fundo <strong>de</strong> olho. Difícil quando nãoconsegue visualizar nem focalizar o fundus ocularsem a ajuda do professor ou monitor .Visualização <strong>de</strong> estruturas oculares em pacientesnormais: Fácil, conseguindo <strong>de</strong> imediatovisualizar todas as estruturas do fundus ocular. Mo<strong>de</strong>rado,ao conseguir visualizar as estruturas somenteapós ajuda do instrutor. Difícil, quando não consegueobservar todas as estruturas mesmo com a ajudado instrutor .Em pacientes normais observar as estruturas<strong>de</strong> mácula como o brilho foveal, vasos retinianoscom sua relação normal <strong>de</strong> calibre artéria/veia e cruzamentoarteriovenoso normal, além <strong>de</strong> bordos, tamanhose contornos da papila óptica.Observação <strong>de</strong> lesões específicas : Fácil, conseguindo<strong>de</strong> imediato observar todas as lesões do fundusocular. Mo<strong>de</strong>rado, conseguindo visualizar as lesõessomente após ajuda do instrutor. Difícil, quando nãoconsegue observar todas as lesões mesmo com aajuda do instrutor.A seguir exemplificação do questionário utili-Rev Bras Oftalmol. 2009; 68 (4): 231-6

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