23.11.2012 Views

Arte e Cultura - Instituto Votorantim

Arte e Cultura - Instituto Votorantim

Arte e Cultura - Instituto Votorantim

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

270º<br />

“Sempre gostei de música e um<br />

professor me encaminhou ao<br />

<strong>Instituto</strong> Criar de TV e Cinema,<br />

em São Paulo, para fazer uma<br />

oficina de audiovisual. Foi um ano<br />

de curso, que terminou em junho, e<br />

uma superexperiência, porque me<br />

envolvi com as outras oficinas,<br />

aprendendo um pouco de câmera,<br />

computação gráfica, iluminação,<br />

edição. Além do aprendizado<br />

técnico, tive aulas de inglês,<br />

história do cinema, criatividade e<br />

expressão e sobre os meios de<br />

comunicação. Eu era leigo em tudo<br />

isso, hoje tenho conhecimentos e<br />

uma visão bem mais crítica. Quero<br />

unir música e cinema. A participação<br />

nesse projeto está me abrindo<br />

as portas para o mercado de<br />

trabalho, mas principalmente<br />

abrindo minha cabeça para<br />

valorizar a produção cultural<br />

brasileira. Virei monitor de áudio<br />

no projeto e, com os monitores de<br />

outras oficinas, estamos criando<br />

uma produtora do <strong>Instituto</strong> Criar<br />

e também um núcleo jovem para<br />

levar nossas experiências para<br />

outras instituições sociais. Serão<br />

novas idéias, novos olhares, novos<br />

talentos e cabeças pensando, e tudo<br />

isso só pode enriquecer a arte e ser<br />

bom para o Brasil.”<br />

BEATRIZ ASSUMPÇÃO<br />

PESQUISAS MOSTRAM QUE NO BRASIL A<br />

RELAÇÃO ENTRE INVESTIMENTO E VAGAS<br />

GERADAS NA ÁREA É MUITO GRANDE E A<br />

OFERTA CULTURAL, MUITO PEQUENA<br />

GUILHERME RAMOS DE SOUZA,<br />

18 ANOS,<br />

é estudante do 3º ano do ensino médio e monitor<br />

no <strong>Instituto</strong> Criar de TV e Cinema<br />

(www.institutocriar.org)<br />

Estava prevista para o mês de outubro<br />

a 33ª Conferência Geral da<br />

Unesco, ocasião em que seria promulgada<br />

uma Convenção Internacional<br />

sobre diversidade cultural. Costumo<br />

apelidá-la de “Protocolo de Kyoto<br />

da <strong>Cultura</strong>”, dada a sua importância<br />

nesse cenário de riqueza e desigualdade.<br />

O documento traz uma série de<br />

recomendações aos países-membros,<br />

no sentido da adoção de políticas<br />

próprias para a cultura, bem<br />

como a outros organismos internacionais,<br />

como Organização Mundial<br />

do Comércio e demais órgãos das Nações<br />

Unidas.<br />

Não podemos nos esquivar diante<br />

da mais evidente – e trágica – conexão<br />

entre cultura e economia, senão<br />

a da intencional transformação de<br />

hábitos e costumes culturais em dinâmicas<br />

meramente mercadológicas.<br />

“Pesquisas de mercado identificaram<br />

uma ‘elite mundial’, uma classe média<br />

mundial que segue o mesmo estilo<br />

de consumo e prefere ‘marcas mundiais’.<br />

O mais impressionante são os<br />

‘adolescentes mundiais’, que habitam<br />

um ‘espaço mundial’, com uma única<br />

cultura pop mundial, absorvendo os<br />

mesmos vídeos e a mesma música e<br />

proporcionando um mercado enorme<br />

para tênis, t-shirts e jeans de marca”,<br />

reflete ainda o relatório do PNUD.<br />

E esse não é um único viés da<br />

“mercantilização” da cultura. Naomi<br />

Klein, autora do excelente “No Logo”,<br />

traz algumas indagações a respeito de<br />

processo de apropriação da cultura<br />

pelo mundo corporativo. O foco é o patrocínio.<br />

“Embora nem sempre seja a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!