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Arte e Cultura - Instituto Votorantim

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As políticas culturais voltadas para a juventude estão<br />

mudando seu foco. Em vez de buscar estimular<br />

um artista ou a realização de uma obra, elas estão<br />

priorizando o número de pessoas envolvidas, numa<br />

perspectiva coletiva, e buscando resultados amplos<br />

junto às parcelas da sociedade com pouco acesso a<br />

bens culturais. Há uma crescente percepção das atividades<br />

do setor como estratégicas em relação à juventude<br />

, tanto por seu apelo mobilizador como pelo seu<br />

potencial econômico. Mas, segundo especialistas, ainda<br />

há um longo caminho a percorrer em relação à qualificação<br />

e profissionalização na área.<br />

No âmbito do governo federal, o atual carro-chefe no<br />

setor é o programa <strong>Cultura</strong> Viva, lançado pelo Ministério da<br />

<strong>Cultura</strong> (MinC) no ano passado. A idéia é fortalecer ações<br />

culturais já existentes em comunidades populares,<br />

quilombolas e indígenas, que visem a promoção da inclusão<br />

social e cidadania, da formação para o trabalho e do<br />

princípio da economia solidária. “A cultura passa a ser um<br />

elemento agregador, em conjunto com a assistência social<br />

e a educação. A profissionalização dessas ações gera<br />

inclusão por meio da cultura”, diz o assessor da secretaria<br />

executiva do MinC, Alfredo Manevy, de 28 anos.<br />

A TENDÊNCIA DAS POLÍTICAS CULTURAIS PARA A JUVENTUDE É<br />

INVESTIR NAS INICIATIVAS COMUNITÁRIAS, VINCULADAS À<br />

GERAÇÃO DE RENDA E À INCLUSÃO DIGITAL<br />

Ele é o representante do ministério junto ao Conselho<br />

Nacional de Juventude, formado em agosto deste<br />

ano. “A juventude é um segmento estratégico, que tem<br />

duas dimensões: a de risco, que exige ações para evitar<br />

que jovens se envolvam com o tráfico de drogas, por<br />

exemplo; e a de ação, que busca construir políticas em<br />

que a juventude seja protagonista em sua capacidade<br />

de reciclagem de valores”, diz. O Conselho, no entanto,<br />

ainda está elaborando uma política para a juventude em<br />

todos os setores, inclusive o cultural. Mas a tendência,<br />

segundo Manevy, é manter a linha do fortalecimento de<br />

ações preexistentes. “A cultura precisa ser entendida<br />

como fundamental agente de desenvolvimento, com impacto<br />

direto e indireto na economia do país, sobretudo<br />

se pensarmos nas possibilidades que ela abre na geração<br />

de emprego para os jovens”, diz.<br />

Segundo Célio Turino, secretário de Programas e Projetos<br />

<strong>Cultura</strong>is do Ministério da <strong>Cultura</strong>, o <strong>Cultura</strong> Viva –<br />

que neste ano recebe R$ 31 milhões – tem como objetivo<br />

de fundo restabelecer o vínculo do jovem com a<br />

comunidade e sedimentar uma rede de Pontos de <strong>Cultura</strong>,<br />

locais onde são desenvolvidos diversos projetos e<br />

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