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Prosa - Academia Brasileira de Letras

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Afonso Pena JúniorA crítica <strong>de</strong> atribuição também teve seguidores no Brasil. Em 1907 era publicadopela Livraria Garnier o volume A Arte <strong>de</strong> furtar, edição popular acompanhado<strong>de</strong> estudo crítico e breves anotações <strong>de</strong> João Ribeiro.João Ribeiro foi membro <strong>de</strong>sta Casa, primeiro acadêmico a ser eleito apósa fundação, suce<strong>de</strong>ndo a Luiz Guimarães Júnior e foi recebido por José Veríssimoem 30 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1898. Professor <strong>de</strong> história e <strong>de</strong> literatura doColégio Pedro II, on<strong>de</strong> teve como discípulo o nosso gran<strong>de</strong> Afonso Arinos,foi autor <strong>de</strong> vasta obra <strong>de</strong> literatura e da história, <strong>de</strong> crítica e <strong>de</strong> literatura, eum dos a<strong>de</strong>ptos da reforma ortográfica feita nesta Casa em 1907.Dizia na apresentação:“Chamei a mim esta esquecida tarefa, tomando-a ‘a peito aberto e fé lavada’,como diria Sá <strong>de</strong> Miranda, fiando mais na minha sincerida<strong>de</strong> do quenas minhas forças, sob a inconstância <strong>de</strong> uma estação moral indiferente oucontrária que <strong>de</strong>sconversava e que interrompia a todo instante.”Declarava que: “Foram muitos os que, com o andar do tempo, se <strong>de</strong>svelaramcom o problema ainda hoje não resolvido na história literária portuguesa.”Desenvolve i<strong>de</strong>ias sobre todos os pre<strong>de</strong>cessores a que propuseram autoria,<strong>de</strong>scarta com uma ampla explicação tais atribuições para referir a existênciana Biblioteca <strong>de</strong> Évora <strong>de</strong>ntre os manuscritos que foi <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> do padreJoão Baptista <strong>de</strong> Castro, nota que dizia:“Depois que saiu a público fez um gran<strong>de</strong> estrondo, esse começou aduvidar do autor (padre Vieira). O que posso assegurar é que conferido ooriginal <strong>de</strong>sta Arte com outro manuscrito <strong>de</strong> Tomé Pinheiro da Veiga, eraa letra e o estilo semelhante, don<strong>de</strong> é crível que fosse ele o autor <strong>de</strong> A Arte<strong>de</strong> furtar.Com cautela, <strong>de</strong>senvolve argumentos para supor que Tomé da Veiga po<strong>de</strong>riater sido o autor do livro, mas como passar <strong>de</strong> mera possibilida<strong>de</strong>, ouainda da probabilida<strong>de</strong> à certeza?”209

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