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Ed. 109 - NewsLab

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Figura 1. Fungos dermatófitosA: Epidermophyton sp; B: Microsporum sp; C: Tricophyton sp.Fonte: http://www.dac.uem.br/micologia/micoses_cutaneas.php.rizam-se por apresentar duas fasesevolutivas: a assexuada, na qual podeser parasita, e a sexuada, quando ésaprófito do meio ambiente. As principaisespécies do gênero Trichophytonsão: T. rubrum, muito resistente aostratamentos e causador de praticamentetodos os quadros clínicos; T.schoenleinii que, em geral, colonizaas dobras naturais; T. tonsurans,que pode ser encontrado nas barbase pregas dos pés e mãos; e T. mentagrophytes.Entre os fungos do gênero Microsporum,destacam-se M. audouinii,com predileção pelo couro cabeludo;M. canis, que acomete predominantementeos cabelos e a pele; e M. gypseum,que afeta o couro cabeludo eo tronco. No gênero Epidermophyton,E. floccosum prefere dobras e pés,podendo acometer unhas e tronco,mas nunca os cabelos e a barba (3).Os dermatófitos constituem ogrupo de fungos mais isolados emFigura 2. Trabalhadores no corte de canade-açúcar,Maringá, PRlaboratórios de Micologia. Estima-seque 10 a 15% da população humanapoderá ser infectada por estes microorganismosno decorrer de sua vida.Entre pacientes imunocompetentes,afetam principalmente pessoas quemanuseiam solo e plantas (4).Dados da literatura trazem queas dermatofitoses não são doençascontagiosas e que a infecção podeestar associada a fatores imunológicosindividuais, uma vez que estes fungosantropofílicos, parasitas obrigatórios,estão disseminados em ambientesricos em substratos queratinososhumanos, onde existem aglomeradospopulacionais. Dessa forma, todosnós, diariamente, nos infectamoscom esporos desses fungos, emboranem todos manifestem clinicamentea doença (5).A coleta da amostra deve ser feitanas regiões mais periféricas da lesão,onde o fungo se encontra mais ativo,representada pelo limite entre a parteFigura 3. Procedimentos de coleta deamostras de unha de pele das mãos doscortadores de cananormal e a parte afetada da unha. Oinstrumental usado para a coleta deamostra tem que ser estéril, comotambém os coletores para recolher,conservar e transportar a amostra. Noexame direto a morfologia das hifasorienta a possível etiologia fúngica:hifas regulares fazem pensar emdermatófitos, hifas irregulares e atípicas,com ou sem conídios, induzema suspeita de diferentes fungos (6).O diagnóstico das dermatofitosesé feito pelo exame direto do raspadodas lesões, através do qual podemser observadas hifas septadas e artrósporos.Esses fungos crescem emmeio Sabouraud e cada espécie temcaracterísticas próprias que ajudamna identificação (7).Dessa forma, o presente trabalhoteve como objetivo isolar os fungosdermatófitos de trabalhadores docorte de cana da região de Maringá,PR. Além do isolamento, foi realizadaa classificação das amostras em umdos três gêneros de dermatófitos,determinando a espécie predominantenesse local de trabalho. Se algumvoluntário apresentasse sintomasde micose (o que não ocorreu) seriaorientado a procurar auxílio em umaUnidade Básica de Saúde.MetodologiaEste trabalho foi realizado com61 trabalhadores rurais em seu localde trabalho, durante o expediente(Figuras 2 e 3). A coleta foi realizadaretirando-se material das bordas dosdedos e das unhas das mãos, previamentelimpas com álcool 70%, com oauxílio de uma cureta odontológica elâmina de bisturi. O material coletadofoi colocado em placas de petri ou tubosde ensaio contendo salina, todospreviamente esterilizados.<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>109</strong> - 2012119

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