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Ed. 109 - NewsLab

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Pesquisadores apresentam estudos sobre células-tronconormais e neoplásicas em São PauloAplicação e desafios no campo da terapia gênica foram debatidos em conferência na USPOs aspectos relativos às células-tronco como ferramentaspara estudo de doenças e o potencial desta tecnologia paragerar órgãos ex-vivo e até mesmo sistemas celulares paratestar medicamentos foram discutidos no encontro “Células-Tronco: normais e neoplásicas”, que aconteceu na Universidadede São Paulo (USP), em outubro.De acordo o hematologista <strong>Ed</strong>uardo Rego, um dos coordenadoresdo encontro, várias doenças hematológicas benignas emalignas são candidatas à terapia celular, como as leucemias,além de beneficiarem outras áreas da medicina. “Quando estudamosquais mecanismos fazem uma célula do rim ser umacélula do rim (o mesmo sendo válido para qualquer tecido eórgão), abre-se uma oportunidade para novos tratamentosdas doenças genéticas, degenerativas ou malignas e, portanto,todas as especialidades médicas podem se beneficiar”,relata <strong>Ed</strong>uardo Rego, que também é vice-diretor financeiro daAssociação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH).O hematologista explica que só as células-tronco normaistêm aplicação, enquanto o desafio, no caso das do câncer(neoplásicas), é como eliminá-las. E, para discutir os avanços edesafios da terapia gênica, nove pesquisadores internacionaisde destaque na área apresentaram resultados de pesquisase as perspectivas futuras de desenvolvimento no campo daterapia celular. Dentre eles, o Professor Ravindra Majeti, daUniversidade de Stanford (EUA), apresentou resultados desua pesquisa em que explora uma proteína frequentementeexpressa pelas células-tronco da leucemia como um alvo parao tratamento.Já o professor Tsvee Lapidot, do Weizmann Institute ofScience (Israel), um dos pesquisadores que propôs o conceitoe demonstrou as primeiras evidências da existência de célulastroncoleucêmicas, apresentou dados sobre como funciona arede de sinais, que promove a interação entre os sistemasnervoso e hematopoiético, há pouco tempo identificada por ele.<strong>Ed</strong>uardo Rego destaca que no campo da terapia celular,embora ainda em fase experimental, o Brasil tem umainserção científica significativa no tema, como no caso dosestudos sobre a aplicação da terapia celular em doençasautoimunes ou degenerativas ou degenerativas; os estudosgenômicos comparando diferentes tipos de células-tronco, ea geração de uma linhagem brasileira de células-tronco embrionárias,entre outros.Geneticista explica como a biotecnologia ajudará a identificar criminosos no BrasilCom aprovação de seu primeiro banco de dados genéticos, Brasil terá informaçõessobre condenados por crimes violentos à disposição da JustiçaNenhum crime é perfeito. E isso ficará ainda maisevidente no Brasil a partir deste ano, quando a Justiçapassará a contar com uma base de dados integrada cominformações genéticas de condenados por crimes violentos.A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania doSenado Federal aprovou a criação de um banco de dadosnacional de perfis de DNA de criminosos, que permitirámaior rapidez e acerto nas investigações.Agora, com o apoio da tecnologia e as mais recentesdescobertas da biotecnologia forense, pesquisadores einvestigadores brasileiros já possuem novas formas deidentificar criminosos, onde o crime ocorreu, qual a armautilizada, quem era a vítima e o horário do crime de formamais precisa. A proposta defendida pela Comissão obrigapessoas condenadas por crimes dolosos, praticados comintenção, a passar pelo processo de identificação do perfilgenético, com a extração do DNA por métodos indolores.A genética e biologia forense são áreas da ciênciaforense, que utilizam os conhecimentos e as técnicas degenética e de biologia molecular, para apoiar e auxiliar ajustiça, a desvendar casos sob investigação policial e/oudo Ministério Público. Esta área é também conhecida comDNA Forense.De acordo com a professora Ana Azeredo Espin, doCentro de Biologia Molecular e Engenharia Genética daUnicamp e membro da Sociedade Brasileira de Genética(SBG), as técnicas atuais permitem que seja extraído oDNA a partir de um fio de cabelo, sangue, tecido e/ou asecreção da mucosa bucal. Os dados são sigilosos e só poderãoser disponibilizados por um juiz, mediante inquéritoinstaurado, para autoridades policiais estaduais e federais.“Os laboratórios possuem normas rigorosas pararealizar estes procedimentos e poucos são cadastradospara fazer análises genéticas que podem ser incluídascomo provas em processos criminais. O cuidado começana coleta das provas na cena do crime, identificação depossíveis agentes contaminantes na cena, no transporte e,enfim, no estudo do material”, completa a pesquisadora.24<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>109</strong> - 2012

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