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Ed. 109 - NewsLab

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IntroduçãoOcontrole pré-natal, segundorecomendações oficiais, deveter início precoce, coberturauniversal, ser realizado de forma periódicae integrado com as demais açõespreventivas e curativas. O Ministérioda Saúde recomenda, no mínimo,seis consultas pré-natais para umagestação a termo, em gestantes semfatores de riscos detectados, com inícioprecoce, até o quarto mês de gestação.O intervalo entre duas consultasnão deve ultrapassar oito semanas.Esse número é bem menor do que orecomendado pelo American Collegeof Gynecology and Obstetrics, querecomenda de 11 a 14 consultas (9).Melhorar a saúde materna eimpedir mortes evitáveis é, ainda,um dos objetivos de maior interessenacional e internacional no campoda saúde e dos direitos reprodutivos.Entretanto, é necessário conjugar asegurança de obter bons resultadoscom o bem-estar para a mulher epara o recém-nascido, respeitandoseos direitos constituídos (33).Na gestação, o desequilíbrio damicrobiota vaginal favorece a colonizaçãopor micro-organismos patogênicos.Um dos mecanismos de defesacontra o crescimento e a ascensão depatógenos é a flora cérvico-vaginalnormal: os lactobacilos representamimportante papel nesta defesa local,pois produzem substâncias antimicrobianascomo ácido lático e peróxido dehidrogênio (20).A infecção bacteriana é responsávelpor 40% de, aproximadamente,cinco milhões de óbitos de recémnascidos(RN) por ano nos paísesdesenvolvidos (28). No Brasil, estudosdemonstraram infecção por Streptococcusem RN na ordem de 1 a 3 por1.000 nascidos vivos (36).Colonização pelo StreptococcusagalactiaeO Streptococcus agalactiae é causafrequente de pneumonia, sepse emeningite em neonatos, sendo maiscomum que algumas doenças conhecidascomo sífilis e rubéola (29).Apesar de ser o agente de diferentestipos de infecção, pode ser tambémparte da microbiota normal do tratogastrointestinal e genital humano.O principal meio para a infecçãoneonatal é a promoção do patógenopara o líquido amniótico que podeser aspirado pelo feto (12).A prevalência de infecções neonataisgraves origina-se de mães com otrato inferior colonizado, quando háa quebra da barreira imunológica. Háevidências de que alterações na microbiotavaginal levam ao aumento decitocinas (IL-6, IL-8) e a diminuição deimunoglobulina A (IgA) na região endocervical(20).Na grávida, a taxa de colonizaçãopor Streptococcus varia de 10a 40%, podendo causar infecção dotrato urinário, amnionite e endometrite.A prevalência de colonizaçãopor EGB pode variar de acordo coma localização geográfica, inclusiveflutuações regionais, além de estartambém relacionada a outras variáveiscomo: grupo racial, idade, nívelsocioeconômico, hábitos culturaise idade materna (28). Há, porém,um estudo transversal desenvolvidono sul do Brasil que aponta paraa não associação entre fatores derisco (primigestação, idade maternainferior a 20 anos e nível socioeconômicobaixo) e a prevalência dainfecção (3).A transmissão de Estreptococodo grupo B (EGB) de mães derecém-nascidos durante o parto é aprincipal causa de sepse e meningiteneonatal. Embora as ferramentasde sorotipagem sejam capazes deidentificar específicas linhagensfilogenéticas, que são importantesna doença neonatal, pouco sesabe sobre a diversidade genéticadessas linhagens, ou os papéisque desempenham recombinaçãoe seleção na geração de genótiposemergentes (37).VirulênciaO nome Streptococcus foi usadopela primeira vez em 1874 por Billroth(11). Existem diversas espécies deStreptococcus causadores de infecçõescomo em: bovinos, suínos, equinos,ovinos, aves, mamíferos aquáticose até peixes, mas na maioria doscasos algumas espécies envolvidasnão causam doenças em humanos.A espécie Streptococcus agalactiaerecebeu este nome em 1896 devido asua associação a infecções, causandomastite bovina, sendo isolados noleite (13).Este patógeno bacteriano foi descritoinicialmente em 1887 como umagente patogênico animal. Infecçõeshumanas causadas por esta bactériaforam relatadas na década de 1930, edesde a década de 1970 tem sido reconhecidacomo o principal patógenoneonatal no mundo desenvolvido (6).O gênero Streptococcus agalactiaeou Estreptococo do grupo B deLancefield são cocos Gram-positivos,catalase negativos, oxidase negativos,beta-hemolíticos e que apresentamem comum um polissacarídeo demembrana (31).Nos últimos anos, a taxonomiados estreptococos foi submetida auma exaustiva revisão e ampliação.A localização taxonômica da famíliaestreptococcaceae foi questionada eo número de diferentes espécies foiaumentado (19).A maioria das espécies é constituídade anaeróbios facultativos e algunscrescem somente em atmosferaenriquecida com dióxido de carbono.As exigências nutricionais dessesmicro-organismos são complexas,necessitando da utilização de meiosenriquecidos com sangue ou soro paraseu isolamento (24).A composição da parede celulardo Streptococcus é similar a de outrasbactérias Gram-positivas, sendoformada primeiramente de glicopeptídiono qual estão inseridos diversoscarboidratos, ácidos teicoicos, lipoproteínase proteínas de superfície (19).<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>109</strong> - 2012133

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