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Ed. 109 - NewsLab

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parte da área de estudo.A diferença estatística relevante(p=0,002) observada quanto ao graude intensidade dos casos de ascaridíasee os grupos distintos de criançasmonoparasitadas e poliparasitadasvêm ao encontro de vários estudosepidemiológicos que indicam queindivíduos infectados com múltiplasespécies helmínticas, frequentemente,abrigam infecções de maior intensidadequando comparados a indivíduosinfectados com uma única espéciedesses parasitas (36).Com relação à frequência de anemia,o resultado encontrado (26,7%)evidencia que este é um problema desaúde pública na população estudada,estando em conformidade com estudorealizado por Assunção et al., (37)em que 30,2% das crianças avaliadasapresentavam a anemia. Resultadossuperiores foram encontrados porBueno et al., (38) onde os índicesalcançaram 68,8%.Foi possível verificar que 75,4%das crianças parasitadas não apresentavamhistórico de anemia, sugerindoque esta população específicapossivelmente tenha menos acesso àassistência médica e, por consequência,apresente um menor índice de doençasanteriormente diagnosticadas.No que diz respeito à influência dasinfecções parasitárias no estado anêmico,diversos estudos têm mostrado controvérsias.No presente, não foi encontradaassociação de anemia ferropriva comparasitoses intestinais. Da mesma forma,diversas pesquisas não sustentam talrelação, tais como as desenvolvidas porRocha et al. (22), Anaruma et al., (39) eTsuyuoka et al. (40).Contrariando os resultados encontradosno presente estudo, algunsautores relataram a associação dasinfecções parasitárias com o estadoanêmico. Em Kilifi, Kenia, foi desenvolvidoum estudo com 460 criançasem fase pré-escolar, com idades entreseis e 76 meses, onde foi possíveldemonstrar que 28,7% dos infantisapresentavam algum tipo de parasita,que 76,3% eram anêmicos e que essaanemia era mais severa em criançascom infecção parasitária apresentandomais de 200 ovos por grama defezes (41).Análise realizada com crianças escolaresno Zanzibar sugeriu uma prevalênciade 51% de anemia ferropriva,sendo que parasitas espoliadores desangue foram considerados responsáveispor 35% e 75% dos casos deanemia ferropriva moderada e grave,respectivamente (42).Apesar de não ter sido encontradaassociação entre as duas patologias,foi possível evidenciar prevalênciassignificativas de parasitoses intestinaise anemia ferropriva na população deestudo, concluindo-se que o quadrode saúde observado é precário, necessitandode rápida intervenção afim de garantir melhores condições decrescimento e desenvolvimento paraessas crianças.AgradecimentosÀ Secretária de Saúde do Municípiode Guaíba, Sra. Janice Heidrich;à Secretária de <strong>Ed</strong>ucação, Sra. LúciaPolanczyk; às diretoras e todos osfuncionários das instituições peloauxilio no contato inicial com os pais,e estes que realizaram a coleta dasamostras e participaram das palestrasde esclarecimento.Correspondências para:Dayane Andriotti Ottadayaneotta@gmail.comReferências Bibliográficas1. Faillace RR. Hemograma: manual de interpretação. 4. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2003. 298p.2. WHO. Nutritional anemias. Report of a WHO Scientific Group. Technical Report Series, n. 405. Geneva: World Health Organization, 1968.3. OMS/OPAS. Iron fortification: Guidelines and Recommendations for Latin America and the Caribbean. Washington: Organização Mundialda Saúde/ Organização Pan-Americana da Saúde, 2001.4. Demaeyer EM et al. Assessment, prevalence and consequences of iron deficiency anaemia. In: ______ et al. Preventing and controlling irondeficiency anaemia through primary health care: A guide for health administrators and programme managers. Geneva, WHO, p. 8-10, 1989.5. WHO. Battling iron deficiency anemia: The challenge. In: ______. Turnig the tide of malnutrition: Responding to the challenge of the 21stcentury. Geneva: World Health Organization, 2000. Disponível em: .Acesso em: 16 jul. 2008.6. MClean E et al. Worldwide prevalence of anemia in pre-school aged children, pregnant women and non-pregnant women of reproductiveage. In: Kraemer K, Zimmermann MB. Nutritional anemia - Sight and Life Press, Basel, p. 1-12, 2007.7. WHO; UNU; Unicef. Iron Deficiency Anaemia – Assessment, Prevention, and Control: a guide for programme managers. Geneva: WorldHealth Organization, United Nations University, United Nations Children’s Fund, 2001. Disponível em: .Acesso em: 15 jul. 2008.8. Crompton DWT. The public health importance of hookworm disease. Parasitology, Cambridge, 121: 39-50, 2000.9. ______; Nesheim MC. Nutritional impact of intestinal helminthiasis during the human life cycle. Annual Review of Nutrition, Palo Alto,22: 35-39, 2002.10. Ferreira HS et al. Saúde de populações marginalizadas: desnutrição, anemia e enteroparasitoses em crianças de uma favela do “Movimentodos Sem Teto”, Maceió, Alagoas. Rev. Bras. Saúde Materno Infantil, 2(2): 177-185, 2002.<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>109</strong> - 2012157

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