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Ed. 109 - NewsLab

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tolnaftato, tolciclato, clotrimazol, oxiconazolou cetoconazol, pois a reaçãoinflamatória intensa à presença dofungo auxilia bastante na cura.Já as dermatofitoses antropofílicas,ou seja, aquelas causadas por fungosmais bem adaptados ao homem, sãobastante resistentes às medicações.Em geral, exigem tratamento oral,associado ou não a um dos medicamentostópicos mencionados anteriormente.Entre as medicações oraisutilizadas estão a griseofulvina, o cetoconazol,a terbinafina, a amorolfina(ainda não comercializada no Brasil),o fluconazol e o itraconazol (3).Ressalta-se a grande utilidadedesta última medicação pelos seusdiscretos efeitos adversos, além dapossibilidade de ser prescrita noesquema conhecido como pulsoterapia,por meio do qual se administramdoses de 400mg por dia, emduas tomadas às refeições, durantesete dias. O paciente descansa portrês semanas e repete esse ciclo portrês meses, para onicomicose dasmãos, ou por quatro meses, para ados pés. Esse esquema promove acura de casos resistentes a outrostratamentos, com menor custo etempo de terapia. O efeito adversomais comum destes medicamentosé o distúrbio gastrointestinal e ocutâneo, devendo sempre ao sinal deuma micose procurar um dermatologistapara iniciar o tratamento (10).Não existem análises prévias dapopulação rural estudada com relaçãoà prevalência de dermatófitos, sendodessa forma um estudo pioneiro comenfoque nos trabalhadores do cortede cana. Esses trabalhadores utilizamluvas grossas para proteção própria.Essas luvas mantêm as mãos sempreúmidas, sendo um ambiente propíciopara o desenvolvimento de dermatófitose leveduras. Além disso, observamosmuitas mulheres atuando comocortadoras. A grande maioria usandoesmaltes coloridos, o que também favorecea colonização e a permanênciado dermatófito nas unhas.Outro dado interessante foi a altaprevalência de leveduras nas mãosdesses trabalhadores. Sabemos queas leveduras fazem parte da nossamicrobiota normal (7), ainda assim,mais estudos devem ser feitos para seassociar o material de trabalho (canade-açúcar),com a alta prevalência deleveduras nesses trabalhadores.ConclusãoPor meio do presente estudo,concluímos que as dermatofitosessão micoses de fácil disseminação,já que estão presentes no meio ambiente,constituindo-se, portanto emproblemas de saúde publica. Todosos esforços deverão estar centradosnas medidas de prevenção para ostrabalhadores rurais.As medidas básicas preventivas baseiam-seem bons cuidados higiênicos,usar roupas e meias de algodão, nãousar esmalte nas unhas, pois este podeesconder micro-organismos, não usarsapatos e luvas de material sintético, jáque estes provocam calor e umidade,sendo um ambiente favorável para ocrescimento fúngico. Sugere-se assima necessidade de uma melhor orientaçãoaos trabalhadores rurais sobre astécnicas de segurança de trabalho e aexigência de um controle periódico desuas condições de saúde, realizandoexames sempre que necessário.Correspondências para:Mayara Cristina Macri Leitemayara_macri@hotmail.comReferências Bibliográficas1. Martins EA et al. Onicomicose: estudo clínico, epidemiológico e micológico no município de São José do Rio Preto. Rev Soc Bras MedTrop. (40)5. 2007.2. Brilhante RSN, Paixão GC, Salvino LK, Diógines MJ, Bandeira SP, Rocha MFG et al. Epidemiologia e ecologia das dermatofitoses na cidadede Fortaleza: o Trichophyton tonsurans como importante patógeno emergente da tinea capitis. Rev Soc Bras Med Trop. 3:417-25.20033. Silva MR. Infecções cutâneas por fungos, micoses superficiais. Apoio à Residência Medica, Rio de Janeiro, 2000.4. Costa TR, Costa MR, Silvia MV, Rodrigues AB, Fernandes OFL, Soares AJ. Etiologia e epidemiologia das dermatofitoses em Goiânia, GO,Brasil. Rev Soc Bras Med Trop. 32:367-71.1999.5. Pinheiro AQ, Moreira JLD, Sidrim JJC. Dermatofitoses no meio urbano e a coexistência do homem com cães e gatos. Rev Soc Bras MedTrop, 30(4): 287-294. 1997.6. Araújo AJG, Souza MAJ, Basto OMP, Oliveira JC. Onicomicoses por fungos emergentes: análise clínica, diagnóstico laboratorial e revisão.An Bras Dermatol; 78:445-55. 2003.7. Lacaz CSPE, Martins JEC, Heins-Vaccari EM, Melo NT. Tratado de Micologia Médica, 9 ed. São Paulo: Sarvier, p. 252-340. 2002.8. Sidrim JJC, Moreira JLB. Fundamentos Clínicos e Laboratoriais da Micologia Médica. <strong>Ed</strong>. Guanabara Koogan, São Paulo, 1999.9. Aquino VR, Constante CC, Bakos L. Frequência das dermatofitoses em exames micológicos em hospital geral de Porto Alegre, Brasil.An Bras Dermatol; 82(3), 2007.10. Mazzambani L. Medicamentos que atuam nas infecções fúngicas superficiais e cutâneas, 2007.122<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>109</strong> - 2012

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