46 R. M. Valdebenito Sanhueza et al.mesma forma que nas inoculações com o patógeno; ii) maçãs assintomáticas foraminicialmente submetidas à desinfestação com hipoclorito de sódio (1%) e álcool (v/v)em solução aquosa seguido da lavagem dos frutos com ADE e secas em fluxolaminar.Em cada fruto foram feitos quatro ferimentos circulares com diâmetro igual a5 mm na região equatorial das maçãs retirando-se a epiderme da mesmas. Sobre osferimentos, foram colocados discos de BDA, um em cada, contendo micélio decolônias do isolado Cp 5 Cryptosporiopsis sp. O local da inoculação foi protegidocom algodão umedecido em ADE fixado ao fruto com fita adesiva. Imediatamenteapós a inoculação, a maçãs foram acondicionadas em bandejas plásticas earmazenadas a 20 o C e fotoperíodo de 12 h. Após sete dias da inoculação mediu-seo tamanho da podridão (mm) com paquímetro digital em duas posiçõesperpendiculares, repetindo As medições a cada três dias até o dia 21. Nos ensaiosforam utilizados quatro repetições sendo cada uma composta por três frutos,inclusive o controle negativo com disco de BDA sem o patógeno.Foi utilizada a metodologia descrita para C. gloeosporioides (1), econcentrações de fosfito de potássio 00-40-20 corrigido em pH 2 e pH 7 (0; 0,0625;0,125; 0,250 e 0,500 µL/mL), suplementado em BDA, anotando-se o diâmetro dascolônias (mm) para o cálculo do índice de velocidade de crescimento micelial(IVCM), expresso em mm/dia. Adicionalmente, uma alíquota de uma suspensão deconídios (1x10 2 conídios/mL) foi distribuída em placas de Petri com as mesmasconcentrações de fosfito de potássio e incubada por sete dias, quando se registrou onúmero de UFC e o tamanho das colônias.Após um mês de armazenamento, os frutos foram avaliados quanto ao teorde sólidos solúveis totais (SST - °Brix), firmeza de polpa, teor de amido, pH e acideztitulável. O teor de SST foi obtido através de refratômetro manual a partir da leiturado suco de 10 frutos por repetição. Para a avaliação da firmeza da polpa foi usadoum penetrômetro manual com ponteira de 11 mm, realizando-se leituras em doispontos do fruto; face exposta e não exposta ao sol, após a retirada da casca, em 10maçãs por repetição. O teor de amido foi determinado pela reação iodo-amido decinco frutos por repetição. Para a avaliação do pH utilizou-se uma solução ao 10 %de suco de cinco maçãs em água destilada para cada repetição e a leitura feita empeagâmetro (Digimed DMPH 2). Para a quantificação da acidez titulável, realizou-setitulometria com NaOH a 0,1 N até pH 8,1 a partir de uma solução de 10% de sucode cinco maçãs em água destilada para cada repetição.Para avaliar a atividade da Peroxidase (PO) foi pesado um grama de polpacom a casca, retirada em um corte vertical até o centro da fruta, do lado oposto ainoculação e, imediatamente congelada à -25 °C. As amostras foramhomogeneizadas à temperatura máxima de 4ºC em 10 mL de tampão fosfato 0,05 M(pH 7,0), contendo 1 mg de polivinilpirrolidona-10. O homogeneizado foi filtrado,centrifugado a 4000 g por 20 minutos sob refrigeração, e o precipitado foidescartado. O sobrenadante foi conservado em gelo e usado para as determinaçõesde peroxidase. A Atividade de Fenilalanina Amônia-Liase (FAL) Foi determinada nosextratos brutos dos frutos preparados de acordo com a versão modificada.
Caracterização e controle das doenças de verão 47Os experimentos de campo foram conduzidos em blocos casualizados comquatro repetições. Cada parcela experimental foi composta por seis plantas, comquatro plantas centrais úteis. Os experimentos em condições controladas foramconduzidos em delineamento inteiramente casualizado. Para cada concentração defosfito de potássio em BDA e combinação de pH foram utilizadas cinco repetiçõessendo o experimento repetido três vezes. Os dados foram submetidos à análise devariância e as médias comparadas pelo teste de Waller-Duncan k-ratio t, com K=100e P