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Capítulo01 - Embrapa Uva e Vinho

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88 R. M. Valdebenito Sanhueza et al.A ausência de relação entre o uso dos fosfitos de potássio para o controle damurcha-de-verticillium (Verticillium dahliae) e os mecanismos de defesa é citado emmudas de cacaueiro (RIBEIRO JÚNIOR et al., 2006), no estudo os autores nãoencontraram indução na atividade de PO pela pulverização de fosfito de potássio nadose de 1,25 mL/, no entanto tal dose foi fungitóxica, reduzindo a viabilidade deesporos do patógeno e o progresso da doença. A relação entre PO e FAL e asuscetibilidade do hospedeiro a fitopatógenos é bem descrita e conhecida naliteratura (CUI et al., 1996; KAO, 2003), sendo que tais enzimas têm a atividadedeterminada pela idade do tecido do hospedeiro assim como pela ação de indutoresbióticos e abióticos (CAMPOS et al., 2003b, GUERRA, 2007; REUVENI et al., 1998;WALTERS et al., 2005), mas no presente estudo, tal comportamento não foiinfluenciado pelo uso dos fosfitos de potássio.3.6. Experimento 6: Análise por microscopia de varredura do processode infecção das maçãs por Cryptosporiopsisperennans3.6.1. Avaliar lesões de C. perennans em frutos inoculados utilizandomicroscopia eletrônica de varreduraAs análises por microscopia eletrônica de varredura mostraram colonizaçãodas lenticelas em maçãs 'Maxi Gala' inoculadas com C. perennans, com crescimentoprofuso de micélio (Figuras 28A e 28C) e esporulação do patógeno (Figuras 28B e28C). Em maçãs 'Fuji Kiku', além da colonização das lenticelas, observou-seformação de micélio na epiderme (Figura 28D). Em maçãs 'Cox's Orange Pippin' foiobservado que a penetração deste patógeno pode ocorrer pelas aberturas naturais,como a calicinal e a peduncular, e também através das lenticelas, visto que nessespontos ele desenvolve a podridão quando inoculado (EDNEY, 1956). Todavia,nenhum estudo mostrou a colonização da epiderme sem ferimento, como observadoem maçãs 'Fuji Kiku' neste estudo. Esta informação é importante, pois a epiderme,que corresponde à camada mais externa de células no fruto e seria a principalbarreira contra patógenos, pode representar importante via de infecção de C.perennans, mesmo quando não há ferimentos. O estádio de maturação avançadodos frutos 'Maxi Gala' e 'Fuji Kiku' (4 e 7 meses em AC, respectivamente) e atemperatura de incubação (22ºC) provavelmente facilitaram a infecção e colonizaçãode C. perennans, que são favorecidos com o aumento no tempo de armazenamentodos frutos e em temperaturas próximas de 20ºC (EDNEY, 1956).Os conídios de C. perennans podem estar presentes nas lenticelas após acolheita, mesmo em frutos provenientes de pomares protegidos quimicamentedurante o ciclo vegetativo, já que essas estruturas restringem o acesso de fungicidas(EDNEY, 1970). Os conídios deste patógeno tendem a aderir nas lenticelas e nasrachaduras da cutícula (DUGAN et al., 1993), mas os autores não relatam apossibilidade dos conídios serem gerados nas lenticelas como mostram osresultados deste trabalho. Essa constatação justifica o uso de controle cultural equímico no campo, preferencialmente em associação com métodos de controle póscolheita(físicos, químicos e biológicos), visando diminuir a população de C.A B C

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