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GUIA: Doença de Chagas - Inocuidade de Alimentos

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01EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA DE CHAGASPOR TRANSMISSÃO ORALEPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA DE CHAGASPOR TRANSMISSÃO ORAL01foi produzida por transmissão vetorial ou por transmissão oral. Outros surtos comsuspeita <strong>de</strong> transmissão oral ocorreram em 1999 - Departamento <strong>de</strong> Magdalena,zona ribeirinha no Município <strong>de</strong> Guamal. Finalmente existem informações <strong>de</strong> surtosem Barranquilla, e em Lebrija, Santan<strong>de</strong>r, ocorrida em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008.De fato, as peculiarida<strong>de</strong>s da epi<strong>de</strong>miologia da DC nas áreas<strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> casos por esta modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmissãotrazem novos <strong>de</strong>safios aos países, no que se refere àvigilância em saú<strong>de</strong>, com vistas a respostas oportunas paratoda a socieda<strong>de</strong>.Figura 1: Ciclo evolutivo completo <strong>de</strong> Triatoma dimidiata e Rhodnius prolixus (Original <strong>de</strong>J.Nakagawa)__________________________________________________________________________Agente EtiológicoA doença é causada pelo protozoário T. Cruzi, caracterizado pela presença <strong>de</strong>um flagelo. No sangue dos mamíferos, o T. Cruzi apresenta-se na forma <strong>de</strong> tripomastigota(flagelada) que é extremamente móvel e, nos tecidos, como amastigota(sem flagelo). No tubo digestivo dos triatomíneos, insetos vetores, ocorre à transformaçãodo parasito dando origem as formas infectantes, presentes nas fezes doinseto.VetoresA maioria das espécies <strong>de</strong> triatomíneos <strong>de</strong>posita seus ovos livremente no ambiente,entretanto, algumas espécies possuem substâncias a<strong>de</strong>sivas que fazemcom que os ovos fiquem a<strong>de</strong>ridos ao substrato. Essa é uma característica muitoimportante, uma vez que ovos a<strong>de</strong>ridos às penas <strong>de</strong> aves e outros substratos po<strong>de</strong>mser transportados passivamente por longas distâncias promovendo a dispersãoda espécie.A introdução no domicílio <strong>de</strong> materiais (folhas <strong>de</strong> palmeiras ou lenha) com ovosa<strong>de</strong>ridos po<strong>de</strong> favorecer a colonização do barbeiro.A oviposição ocorre entre 10 a 30 dias após a cópula e o número <strong>de</strong> ovos varia<strong>de</strong> acordo com a espécie e principalmente em função do estado nutricional. Umafêmea fecundada e alimentada po<strong>de</strong> realizar posturas por todo o seu período <strong>de</strong>vida adulta.Pouco se conhece sobre a biologia dos vetores nos seus ecótopos naturais.Muitas espécies são ecléticas quanto ao habitat e fonte alimentar, embora algumassejam bem menos generalistas, como Cavernicola lenti, que habita ocos <strong>de</strong>árvores e se alimenta <strong>de</strong> sangue <strong>de</strong> morcegos e espécies do gênero Psammolestesque ocorrem em ninhos <strong>de</strong> aves.A maioria das espécies conhecidas vive no meio silvestre, associada a uma diversida<strong>de</strong><strong>de</strong> fauna e flora. É importante ter em mente que esta associação aohabitat é dinâmica, ou seja, uma espécie hoje consi<strong>de</strong>rada exclusivamente silvestre,po<strong>de</strong> se tornar domiciliada. Este processo é complexo, envolve principalmentealterações do ecossistema e ambiente, além das características intrínsecas daespécie.A maioria das espécies do gênero Rhodnius encontra-se predominantementeassociadas a palmeiras (Figura 2), enquanto as espécies do gênero Triatoma ePanstrongylus, vivem preferencialmente em associação com hospe<strong>de</strong>iros terrestres.Algumas poucas espécies, ao longo <strong>de</strong> seu processo evolutivo adaptaram-seaos domicílios e as estruturas construídas no peridomicílio, como galinheiros e chiqueirose tornaram-se mais importantes na transmissão da doença ao homem.1617

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