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GUIA: Doença de Chagas - Inocuidade de Alimentos

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05VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA DOENÇA DECHAGAS AGUDA POR TRANSMISSÃO ORALVIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA DOENÇA DECHAGAS AGUDA POR TRANSMISSÃO ORAL0552Para o a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong>senvolvimento do controle da doença <strong>de</strong> <strong>Chagas</strong>, é fundamentalque as equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, com ênfase nas equipes <strong>de</strong> atenção primária, incorporem,em seu processo <strong>de</strong> trabalho, ações <strong>de</strong> vigilância que integrem a questãoambiental, envolvendo reservatórios, vetores e população humana.O processo <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica <strong>de</strong>ve ser baseado em informações sobredoenças e agravos <strong>de</strong> interesse, como os casos humanos agudos <strong>de</strong> doença <strong>de</strong><strong>Chagas</strong>. A informação é instrumento essencial para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. Nestaperspectiva, representa imprescindível ferramenta à vigilância epi<strong>de</strong>miológica, porconstituir fator <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ador do processo “informação-<strong>de</strong>cisão-ação”, tría<strong>de</strong> quesintetiza a dinâmica <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s que, como se sabe, <strong>de</strong>vem ser iniciadas a partirda informação <strong>de</strong> um indício ou suspeita <strong>de</strong> caso <strong>de</strong> alguma doença ou agravo.O objetivo central é aten<strong>de</strong>r ao seu papel <strong>de</strong> composição<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> ações que proporcionam o conhecimento,a <strong>de</strong>tecção ou prevenção <strong>de</strong> qualquer mudançanos fatores <strong>de</strong>terminantes e condicionantes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>individual ou coletiva, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recomendar eadotar as medidas <strong>de</strong> prevenção e controle das doenças eagravos.Os Sistemas Nacionais <strong>de</strong> Vigilância Epi<strong>de</strong>miológica dos diferentes países endêmicos<strong>de</strong>vem basear-se na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> caso, com foco no monitoramento das condições<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada população. Desta forma, a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> casorepresenta um conjunto específico <strong>de</strong> critérios aos quais um indivíduo <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>rpara ser consi<strong>de</strong>rado um caso do agravo sob investigação. Esta <strong>de</strong>finição inclui critériospara pessoa, espaço, tempo, características clínicas, laboratoriais e epi<strong>de</strong>miológicas,com equilíbrio no que se refere à sensibilida<strong>de</strong>, especificida<strong>de</strong> e viabilida<strong>de</strong>.Para tanto, são essenciais a clareza quanto aos objetivos e focos <strong>de</strong>ste processo.No caso da DCA, os objetivos são:• Captar precocemente os casos com vistas à aplicação <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> prevençãosecundária, <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> morbi-mortalida<strong>de</strong>.• Proce<strong>de</strong>r à investigação epi<strong>de</strong>miológica <strong>de</strong> todos os casos agudos, por todasas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transmissão, visando a adoção <strong>de</strong> medidas a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong>controle.• Incorporar ações <strong>de</strong> vigilância sanitária oportunas, que envolvem ações capazes<strong>de</strong> eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> intervir nos problemassanitários <strong>de</strong>correntes do meio ambiente, da produção e circulação <strong>de</strong>bens. Estas ações envolvem, necessariamente: controle <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> consumoque, direta ou indiretamente, se relacionem com a saú<strong>de</strong>, compreendidastodas as etapas e processos, da produção ao consumo.• Incorporar ações <strong>de</strong> vigilância ambiental oportunas, incluindo vetores e reservatórios,na perspectiva da vigilância em saú<strong>de</strong> da doença <strong>de</strong> <strong>Chagas</strong>.Os instrumentos a serem adotados para sistematização dos dados específicospara doença <strong>de</strong> <strong>Chagas</strong> <strong>de</strong>vem configurar-se como roteiro <strong>de</strong> investigação, <strong>de</strong>vendoser utilizados, preferencialmente, pelos serviços locais <strong>de</strong> vigilância ou serviços <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> capacitados para a realização da investigação epi<strong>de</strong>miológica. Este instrumentopermite obter dados que possibilitam a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> aspectos epi<strong>de</strong>miológicose clínicos relacionados ao caso.Propõe-se, <strong>de</strong> maneira geral, que estes instrumentos sejam preenchidos pelosprofissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nas unida<strong>de</strong>s assistenciais, as quais <strong>de</strong>vem, na medida do possível,manter uma segunda via arquivada, pois a original é remetida para o serviço<strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica responsável pelo <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>amento das medidas <strong>de</strong>controle necessárias.Os dados, gerados nas áreas <strong>de</strong> abrangência dos respectivos estados e municípios,<strong>de</strong>vem ser consolidados e analisados consi<strong>de</strong>rando aspectos relativos à organização,sensibilida<strong>de</strong> e cobertura do próprio sistema <strong>de</strong> notificação, bem como os dasativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica.Quando ocorre um caso agudo, <strong>de</strong>ve-se sempre solicitar à vigilância epi<strong>de</strong>miológicamunicipal que realize medidas <strong>de</strong> controle no local provável <strong>de</strong> infecção. Nocaso da transmissão oral estas medidas envolvem pronta investigação clínica, entomológica,<strong>de</strong> reservatórios bem como inspeção sanitária para avaliação do alimentocontaminado.A doença <strong>de</strong> <strong>Chagas</strong> aguda como agravo <strong>de</strong> notificação imediata <strong>de</strong>ve ser prontamentenotificada a partir do nível local que abordou o caso via fax, telefone oue-mail, a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r da realida<strong>de</strong> local. Todo este processo <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>senvolvido semprejuízo do registro das notificações pelos procedimentos rotineiros dos sistemasnacionais <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica.Uma a<strong>de</strong>quada gestão da vigilância implica o melhoramento da <strong>de</strong>tecção<strong>de</strong> surtos, casos e fatores <strong>de</strong> risco e ampliação das fontes <strong>de</strong>informação, da análise e do uso nos diferentes níveis e das instânciasda infraestrutura <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública, elaboração das caracterizaçõesdos cenários <strong>de</strong> risco e resposta <strong>de</strong>ntro dos países, e fortalecimentodas capacida<strong>de</strong>s com ênfase no nível local. Em particular no caso <strong>de</strong>DCA por transmissão oral:1. Iniciar oportunamente a investigação2. A investigação <strong>de</strong> surtos <strong>de</strong>ve ser aprofundada até <strong>de</strong>terminar oalimento associado, o lote e os fatores que durante o processopu<strong>de</strong>ram <strong>de</strong>terminar a perda da inocuida<strong>de</strong>; ,3. Uma vez i<strong>de</strong>ntificado o alimento suspeito, adotar medidas <strong>de</strong>prevenção e controle.4. Instituir tratamento precoce para reduzir letalida<strong>de</strong>53

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