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Modelos de Governação na Sociedade da Informação e do ...

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<strong>Mo<strong>de</strong>los</strong> <strong>de</strong> Gover<strong>na</strong>ção <strong>na</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Informação e <strong>do</strong> Conhecimentoresponsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, transparência, accountability.Mais importante ain<strong>da</strong>, começa-se a cair <strong>na</strong> conta <strong>de</strong> que o <strong>de</strong>bate é agora é mais acerca <strong>de</strong>quais os (plurais) papéis que o Esta<strong>do</strong> po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar, e que plurais reformas <strong>de</strong>vea<strong>do</strong>ptar e em que contexto.O mais importante já não é se o Esta<strong>do</strong> permanecerá mais po<strong>de</strong>roso <strong>do</strong> que os outrosagentes, mas qual o conjunto <strong>de</strong> normas, estruturas e processos formais (legais) e informaisque se necessitarão para que o Esta<strong>do</strong>, sector comercial e intermédio, ci<strong>da</strong>dãos e outrosimportantes stakehol<strong>de</strong>rs possam exercer po<strong>de</strong>r sobre as <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> forma a que outrosstakehol<strong>de</strong>rs possam criar situações win-win (soma positiva) para to<strong>da</strong>s as partesinteressa<strong>da</strong>s. E se tal não é possível, que mu<strong>da</strong>nças são necessárias nestas normas,estruturas e processos políticos para assegurar resulta<strong>do</strong>s minimamente aceitáveis (emtermos <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s processos <strong>de</strong> gover<strong>na</strong>ção) em especial para osgrupos mais vulneráveis <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. 14 Mas fazer tu<strong>do</strong> isso sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista que ameta não será nunca criar uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> assisti<strong>do</strong>s mas uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas ca<strong>da</strong>vez mais livres e responsáveis?É preciso dizer que <strong>de</strong> boas intenções está o mun<strong>do</strong> cheio. A “Crise” 15 está a aju<strong>da</strong>r aperceber que não basta apelar a mais intervenção <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Uma intervenção que se está arevelar ca<strong>da</strong> vez mais perversa: o mun<strong>do</strong> é <strong>de</strong>masia<strong>do</strong> complexo para simplesmente secontinuar a opor Merca<strong>do</strong> a Esta<strong>do</strong>, economia à política. Fala-se, por isso hoje, emmerca<strong>do</strong> económico mas também em merca<strong>do</strong> político 16 e <strong>de</strong> igual mo<strong>do</strong> em ci<strong>da</strong>dãosclientese em parcerias público-priva<strong>do</strong>.Há até quem veja o ci<strong>da</strong>dão como accionista <strong>do</strong> governo. O que faz <strong>de</strong>ste nosso mun<strong>do</strong> ummun<strong>do</strong> <strong>de</strong> interacção, entre o global e o local no seio <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m alarga<strong>da</strong> <strong>de</strong> interacçãohuma<strong>na</strong>. Um mun<strong>do</strong> que se ten<strong>de</strong> a afirmar também como uma or<strong>de</strong>m alarga<strong>da</strong> <strong>de</strong>cooperação entre parceiros (sociais, políticos e económicos) em vez <strong>de</strong> um mun<strong>do</strong> <strong>de</strong>conflitos.14Para um mais completo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta temática, veja-se Tony Bovaird and Elke Loffler (eds),Public Ma<strong>na</strong>gement and Gover<strong>na</strong>nce, Routledge, Lon<strong>do</strong>n, New York, 2003.15 Veja José Manuel Moreira, “Uma crise <strong>de</strong> respostas ou <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iras perguntas?”, em Crise, Bnomics,Lisboa, 2009, pp. 134-137.16Veja-se André Azeve<strong>do</strong> Alves e José Manuel Moreira, O que é a Escolha Pública? Para uma análiseeconómica <strong>da</strong> política, Principia, Cascais, 2004.76 <strong>de</strong> 104

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