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Modelos de Governação na Sociedade da Informação e do ...

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<strong>Mo<strong>de</strong>los</strong> <strong>de</strong> Gover<strong>na</strong>ção <strong>na</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Informação e <strong>do</strong> ConhecimentoCompara-se muitas vezes os <strong>de</strong>safios <strong>de</strong>ste nosso mun<strong>do</strong> digital ao que se passou porocasião <strong>da</strong> passagem <strong>da</strong> máqui<strong>na</strong> <strong>de</strong> escrever para o mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s computa<strong>do</strong>res, mas <strong>na</strong>reali<strong>da</strong><strong>de</strong> as implicações e a profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças que estamos obriga<strong>do</strong>s a realizarestão mais próximas <strong>da</strong> que se verificou aquan<strong>do</strong> <strong>da</strong> passagem <strong>da</strong> numeração roma<strong>na</strong> paraa numeração árabe. O que ela implicou <strong>de</strong> simplificação e <strong>de</strong> crescimento <strong>do</strong>s diversosâmbitos <strong>da</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> huma<strong>na</strong> e mesmo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s pessoas <strong>do</strong>ta<strong>da</strong>s <strong>de</strong>potencial incrível pe<strong>de</strong> meças ao nosso <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> intangível, em que dia a dia nosrevelamos mais como pessoas <strong>do</strong>ta<strong>da</strong>s <strong>de</strong> inteligências múltipla. É neste mun<strong>do</strong> digital e <strong>da</strong><strong>de</strong>mocracia electrónica que somos incentiva<strong>do</strong>s a novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gover<strong>na</strong>ção capazestransformar os avanços técnicos e inovações sociais em bem-estar humano. Um <strong>de</strong>safiofulcral para os e-governos mas também, e principalmente, para os e-ci<strong>da</strong>dãos. 19 Ou ain<strong>da</strong>não se percebeu que a real reinvenção <strong>da</strong> Administração Pública e os mais promissoresmo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gover<strong>na</strong>ção correm a par <strong>do</strong> reforço <strong>da</strong> discipli<strong>na</strong> <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, mas pe<strong>de</strong>migualmente uma ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira reinvenção <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil?Um <strong>de</strong>safio que para ter êxito necessita <strong>de</strong> ser acompanha<strong>do</strong> pelo sucesso <strong>de</strong> umaver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia virtual e <strong>da</strong> percepção <strong>de</strong> que num mun<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> vez mais globaliza<strong>do</strong>entram em competição, não só produtos, mas também mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> organização, <strong>de</strong> gestão,<strong>de</strong> gover<strong>na</strong>ção... e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> países, regiões e ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s. E que entre as vantagenscompetitivas está ca<strong>da</strong> vez mais a riqueza ética <strong>da</strong>s <strong>na</strong>ções: a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> com que actuam osprofissio<strong>na</strong>is, <strong>na</strong> coerência e consistência <strong>do</strong> seu quadro institucio<strong>na</strong>l, nos valores <strong>de</strong>referência que configuram as relações sociais e a vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s organizações. Numa socie<strong>da</strong><strong>de</strong>aberta não basta mais informação e mais conhecimento, a chave-mestra está ca<strong>da</strong> vez mais<strong>na</strong> sabe<strong>do</strong>ria que brota <strong>da</strong> atenção aos valores dura<strong>do</strong>uros e <strong>do</strong> carácter <strong>da</strong>s nossas atitu<strong>de</strong>s.José Manuel Moreira é Licencia<strong>do</strong> e <strong>do</strong>utora<strong>do</strong> em Economia e em Filosofia, é ProfessorCatedrático <strong>de</strong> “Ciências Sociais e Políticas”, <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Aveiro (SACSJP). Étambém responsável <strong>de</strong>partamental pelos Cursos Pós-Graduação e pelo Grupo <strong>de</strong>Investigação <strong>de</strong> “Políticas Públicas” <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Investigação em Gover<strong>na</strong>nça,Competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e Políticas Públicas.19Ver José Manuel Moreira, “Ética e Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Informação e Conhecimento”, in Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>Informação: o percurso português. Dez Anos <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Informação: análise e perspectivas, APDSI eEdições Sílabo, Lisboa, 2007, pp.596-608.78 <strong>de</strong> 104

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