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legado-franciscano

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Capítulo 2 – Na sociedade dos capuchinhos<br />

voltar ao sumário<br />

de futebol, de voleibol e outros esportes como espiribol,<br />

caçador, bandeira, damas, tênis de mesa (que nós chamávamos<br />

de pingue-pongue), e riachos represados onde<br />

tomávamos banho. Nada se assemelhava às propriedades<br />

de nossas famílias, nem mesmo às das vilas ou pequenas<br />

cidades em que o único prédio de maiores dimensões era<br />

o da igreja matriz.<br />

Mover-se nesses novos espaços era um aprendizado<br />

que realizávamos rapidamente. O que não aprendíamos<br />

tão rapidamente, porém, era o complexo sistema normas<br />

e regras que regiam todos os nossos tempos e movimentos<br />

e que era preciso subjetivar lenta e gradualmente.<br />

Na sociedade dos capuchinhos a vida cotidiana ganhava<br />

uma nova dimensão, inteiramente distinta da sociedade<br />

dos colonos, que consistia em realizar a totalidade dos<br />

atos da vida cotidiana, fossem quais fossem, como uma<br />

dimensão litúrgica. O cotidiano do estudar, do trabalhar,<br />

do rezar, do jogar, do comer, aparentemente iguais<br />

à nossa vida passada, na verdade convertiam-se em atos,<br />

ou em “ofícios divinos”, em “Opera Dei”, isto é, na santificação<br />

das obras e, por isso, na santificação do obreiro. E<br />

isto só pode acontecer se a norma, a regra ou o regulamento<br />

converterem-se em vida.<br />

Os seminaristas devem ser piedosos<br />

Em nossas famílias, rezávamos. Era uma prática que os<br />

descendentes de imigrantes europeus conservaram. Rezava-se<br />

o terço uma ou duas noites por semana antes de<br />

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