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legado-franciscano

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Capítulo 2 – Na sociedade dos capuchinhos<br />

voltar ao sumário<br />

tão da comunidade, assim como abrir a participação das<br />

comunidades na eleição de seus superiores locais e provinciais.<br />

Do ponto de vista das relações interpessoais e entre<br />

grupos, recomendava-se o abandono de posições radicais<br />

e ultrarradicais, que os frades se abrissem ao diálogo<br />

e ao debate das respectivas posições e que sempre praticassem<br />

uma atitude de tolerância para com os outros,<br />

fosse qual fosse sua posição. E advertiam que se a Província<br />

não fosse capaz de avançar para dentro das novas<br />

dimensões abertas pelo Vaticano II e pelas grandes<br />

transformações da sociedade contemporânea, colapsaria<br />

ou ficaria reduzida a um punhado de frades resistentes a<br />

qualquer tipo de mudança.<br />

Os documentos revelavam uma demanda insistente por<br />

parte de um grande número de frades, entre eles intelectuais<br />

como os freis Jaime Biazus, Juliano Muraro, Carlos<br />

Zagonel, Rovilio Costa, Alberto de Boni e da maioria dos<br />

estudantes de Filosofia e Teologia, para que a Província<br />

aderisse ao Plano de Pastoral de Conjunto da Igreja do<br />

Brasil – 1966/1970, proposto e adotado pela CNBB. Objetivamente,<br />

isto significava que a Província deveria imediatamente<br />

pôr em prática as diretrizes e orientações do<br />

Concilio Vaticano II. Os conservadores resistiam ao Plano<br />

e retardavam sua adoção e sua prática.<br />

Esse conjunto de propostas que partiu de um grupo<br />

de frades moderados conseguiu ganhar espaço entre os<br />

renovadores radicais e os conservadores menos radicais<br />

porque demonstrava que o método mais eficaz para a<br />

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