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legado-franciscano

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Capítulo 1 - Na sociedade dos colonos<br />

voltar ao sumário<br />

péus de palha, sandálias de borracha de pneu, tamancos<br />

de madeira, mais os trabalhos de marcenaria, carpintaria<br />

e ferraria. Esta modalidade de reprodução familiar, muito<br />

pouco exposta às áleas do mercado, fazia recair sobre<br />

as mulheres uma massa de trabalho imensa, que as obrigava<br />

a trabalhar sete dias por semana. Mesmo quando<br />

descansavam, remendavam as roupas, trançavam a palha<br />

de trigo para fabricar os chapéus… Sibilia Schenkel, uma<br />

colona residente no município de Chapada, resumiu esta<br />

condição numa frase lapidar: “(…) Antigamente, passá o<br />

tempo, era trabaiá…” (QUADROS et al. 2008, p. 151).<br />

A escola<br />

Na década de 50 eram raras as comunidades de colonos<br />

que não tivessem suas escolinhas primárias, unidocentes.<br />

Nelas, um professor ou uma professora ministrava aulas<br />

para todas as crianças, divididas em grupos segundo a<br />

progressão que fossem capazes de fazer, expressa no domínio<br />

do livro que correspondia a cada uma das quatro<br />

séries.<br />

Nessa época, já havia passado a fase em que a comunidade<br />

improvisava um espaço para ministrar as aulas e em<br />

que o professor era escolhido pela comunidade simplesmente<br />

porque sabia ler, escrever, fazer as contas e tinha<br />

paciência suficiente para lidar com as crianças. A maioria<br />

havia feito estudos preparatórios para o magistério<br />

no meio rural, embora ainda não fossem muitos os que<br />

tivessem cursado o Normal Rural. Dominavam razoavel-<br />

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