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Capítulo quinze<br />
CARA<br />
Eu decidi não insistir mais com Growl sobre Falcone e o que<br />
aconteceu. Eu tinha a sensação de que ele iria se fechar completamente<br />
se eu tentasse muito cedo novamente. Pelo menos ele não parecia muito<br />
irritado com minhas perguntas para parar de dormir comigo.<br />
Quando ficamos deitados um ao lado do outro na minha cama<br />
depois de Growl ter me lavado a três orgasmos, minha mente estava<br />
trabalhando em bolar uma maneira de fazê-lo ficar comigo. Ele<br />
geralmente sempre se afasta após nós ficarmos juntos, não me dando<br />
chance para conhecê-lo melhor. Nós nem sequer nos tocamos depois.<br />
Ou pelo menos não tinha chegado tão longe.<br />
Agora o braço de Growl estava levemente tocando o meu. Não foi<br />
por acidente. Talvez no fundo ele desejasse a proximidade além do sexo?<br />
Seus olhos estavam meio fechados e sua respiração já estava<br />
diminuindo. Seu peito musculoso reluzia de suor. — O que aconteceu<br />
com meu pai depois que você me levou para sua casa? — Eu perguntei.<br />
Growl abriu os olhos. — Ele estava morto.<br />
— Eu sei, — eu sussurrei duramente. — Isso não foi o que eu quis<br />
dizer. Onde está seu corpo? O que você fez com ele?<br />
Growl virou a cabeça para mim, franzindo o cenho. — O que isso<br />
importa? Ele se foi.<br />
— As pessoas enterram seus mortos por uma razão. Porque eles<br />
precisam de um lugar para se sentir conectado a eles, um lugar onde<br />
eles podem ir dizer adeus ou falar com o que resta das pessoas que<br />
amam. É o que as pessoas fazem.<br />
Growl não parecia entender. — Talvez. Não consigo ver como isso<br />
ajuda.<br />
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