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Capítulo vinte e um<br />
CARA<br />
Os gritos dos vizinhos voltaram a aumentar. Era de manhã cedo.<br />
O sol mal se levantara ainda, mas eu estava acordada por horas. Não<br />
apenas por causa das brigas na casa vizinha, mas também por causa<br />
do acordo de Growl para me ajudar.<br />
Saí da cama e olhei pela janela para a casa do outro lado da rua.<br />
Desta vez, o casal tinha levado a briga para fora. Ambos estavam de<br />
frente um para o outro no gramado da frente. Um menino pequeno<br />
estava na porta, talvez de dois anos de idade, observando enquanto<br />
seus pais gritavam um para o outro.<br />
O homem ergueu a mão e golpeou a mulher com tanta força que<br />
ela tropeçou e caiu no chão, mas isso não o impediu. Ele se inclinou<br />
sobre ela e a bateu novamente. O menino começou a chorar, o rosto<br />
contorcido de terror.<br />
— Growl, — eu chamei.<br />
Ele veio em minha direção, parecendo em alerta. — O que está<br />
errado?<br />
— O cara está batendo na namorada de novo.<br />
Growl deu o seu ‘e daí’ com o olhar. — Ele está fazendo isso quase<br />
todos os dias e ela não o deixa. Não é problema nosso.<br />
Outro grito atraiu meus olhos para o casal. A mulher estava<br />
tentando rastejar para longe de seu namorado, mas ele a agarrou pelos<br />
cabelos e a girou, batendo-a novamente.<br />
— Ajude ela, — eu disse com firmeza. — Por favor. Ou eu vou<br />
fazer. — eu me virei e me dirigi para a porta da frente, abrindo-a. Eu<br />
sabia que seria quase impossível eu parar o homem porque ele era alto<br />
e grande.<br />
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