04.04.2017 Views

#5 - Bound by Vengeance - Cora Reilly

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A porta rangeu. Eu girei ao redor, meu corpo tensionado com<br />

medo. Growl entrou, seus olhos pousando em mim. Eu rapidamente<br />

cobri meu sutiã com meus braços.<br />

Ele parecia menos perturbado do que na noite passada e, embora<br />

seu olhar deslizasse sobre meu corpo meio desnudo, sua expressão não<br />

mostrou nenhuma reação. Seu antebraço direito estava enfaixado onde<br />

eu o cortara. Acima dele havia mais marcas. Arranhões que eu não me<br />

lembro de ter feito, mas eu estava em pânico, então eu não tinha<br />

certeza do que exatamente eu tinha feito. Ele seguiu meu olhar<br />

brevemente, mas não reagiu. Ele não parecia se ressentir de mim por<br />

machucá-lo. Eu esperava que isso fosse um bom sinal.<br />

— Você está acordada, — ele disse em voz baixa. Ele nunca havia<br />

levantado a voz nas poucas vezes que eu o ouvira falar, mas suas<br />

palavras emanavam poder suficiente de qualquer maneira.<br />

Eu bufei em sua declaração, mas não disse nada. A pressão na<br />

minha bexiga estava crescendo perto de se tornar insuportável. Atrás de<br />

Growl, dois cães aterrorizantes apareceram. Eles chegavam a seus<br />

joelhos, mas considerando a estatura de Growl, era mais do que<br />

intimidante. O que era pior: eles estavam ofegante e me dando uma boa<br />

olhada em seus dentes afiados. Eles eram definitivamente um tipo de<br />

cães de briga. E a julgar pelas cicatrizes em seus rostos e pelo rasgo no<br />

ouvido do cachorro preto, eles haviam lutado algumas batalhas. Growl<br />

colocou uma mochila que eu não tinha notado antes, no chão entre nós.<br />

— Eu trouxe algumas coisas para você de sua casa.<br />

Minha casa. Eu tentei evocar uma imagem da minha casa<br />

acolhedora, bonita, mas as imagens da noite passada, era tudo que<br />

passava na minha cabeça, e eu prefiro não me lembrar de minha casa,<br />

estando presa aqui. Eu me aproximei. — Você viu minha mãe e minha<br />

irmã? Como elas estão?<br />

Ele rosnou franziu o cenho. — Não. Não me preocupo com elas.<br />

— Mas você deve saber algo, qualquer coisa. O que Falcone lhe<br />

disse antes de vir para nossa casa?<br />

— Eu não perguntei a Falcone quais eram seus planos. Você não<br />

deve fazer tantas perguntas. Eu não tenho as respostas, — disse ele<br />

simplesmente e estava prestes a se virar.<br />

— Eu preciso ir ao banheiro, — eu balbuciei. Eu me senti<br />

envergonhada por eu ter que perguntar, se eu tinha permissão para ir<br />

ao banheiro.<br />

~ 63 ~

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!