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#5 - Bound by Vengeance - Cora Reilly

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faria muito pior para os outros. Embora isso ter me surpreendido, era<br />

ridículo. Eu sabia que tipo de homem era Growl. Mais monstro do que o<br />

homem.<br />

Um canto de sua boca se contraiu em um quase sorriso. Esse<br />

pequeno gesto conseguiu mudar todo o seu rosto, fazendo-o parecer<br />

mais acessível, menos perigoso. Mas a linha dura usual deixou seus<br />

lábios muito rapidamente. — Não de ser queimado. Eu não pedi por<br />

essas cicatrizes, — ele disse grosseiramente. — Quando eu era criança,<br />

eu não pedia para sentir dor, ainda.<br />

Meus olhos percorreram as muitas marcas de queimaduras,<br />

contando quase uma dúzia. — Alguém fez isso com você quando você<br />

era criança? — Eu parei, sem ter certeza sobre a próxima pergunta. —<br />

Sua mãe? — Isso pelo menos explicaria por que Growl não queria vingála.<br />

Growl balançou a cabeça. — Ela não era a melhor mãe. Ela<br />

trabalhava como uma prostituta. Seu vício e trabalho não ajudaram<br />

muito na criação de uma criança, mas ela nunca me bateu ou me feriu<br />

fisicamente.<br />

Eu lambi meus lábios. Este era território perigoso que eu estava<br />

pisando. Minha curiosidade me deixou ansiosa por mais, mas ao<br />

mesmo tempo eu estava igualmente assustada dos horrores que eu<br />

ouvia e do que eles me fariam sentir. Com cada parte do passado de<br />

Growl e seu caráter que eu descobri, ficava mais difícil não sentir<br />

compaixão, e muito mais. — Então quem fez? — Eu perguntei apesar<br />

das minhas preocupações.<br />

— Depois que minha mãe morreu e eu fui liberado do hospital,<br />

Falcone me deu a um de seus capangas, Bud, que era responsável por<br />

um dos bordéis. Ele era um cafetão, realmente, e não queria uma<br />

criança por perto. Mas ele não podia recusar se quisesse cair nas graças<br />

de Falcone, e assim ele me manteve. Mas ele era um bastardo sádico e<br />

quando ele estava cansado de bater na merda de suas prostitutas, ele<br />

gostava de me torturar.<br />

— Por que Falcone não o deteve? — Eu balancei a cabeça. — Eu<br />

não sei por que eu estou perguntando. O cara quase o matou. Não é<br />

como se ele fosse um ser humano decente, ou algo parecido com isso.<br />

— Ele não me matou, embora ele pudesse ter matado. E ele nunca<br />

me tocou. Ele deixou um de seus homens cortar minha garganta. E Bud<br />

sempre se assegurou de me bater e me queimar onde ninguém podia<br />

ver.<br />

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