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#5 - Bound by Vengeance - Cora Reilly

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Não, ele não tinha medo da dor, nem da morte. Falcone sempre<br />

disse que isso o tornava um bem tão valioso. E isso era algo de que<br />

Growl estava orgulhoso, mesmo que as palavras vindas da boca de<br />

Falcone deixassem um sabor amargo.<br />

Eles o consideravam um idiota, pensavam nele como um<br />

cachorrinho estúpido que fazia aquilo sem a menor ideia do que<br />

estavam tramando. Como um dos muitos cães de briga de Falcone e dos<br />

outros homens mantidos para entretenimento.<br />

Mas muitas pessoas tinham cometido o mesmo erro, confundiam<br />

o silêncio equivocado com estupidez, igualavam a falta de palavras com<br />

falta de compreensão e conhecimento. Era um erro pelo qual eles<br />

poderiam pagar por um dia. Ele conhecia a maior parte de seus<br />

segredos mais profundos e escuros, simplesmente porque eles não<br />

mantinham suas bocas fechadas quando ele estava por perto. Eles<br />

pensavam que ele não estava ouvindo, e mesmo se ele estivesse, como<br />

ele poderia entender o que eles estavam dizendo?<br />

Ele os desprezava, mas pagavam bem e o respeitavam por sua<br />

força e brutalidade, isso era o suficiente para ele. Ele não tinha intenção<br />

de usar seu conhecimento. Ele não precisava de muito dinheiro para<br />

comprar comida para seus cachorros e para si, e para as mulheres uma<br />

bebida de vez em quando. Ele gostava de uma vida simples. Não queria<br />

complicações. Ele lançou seus os olhos para a menina encolhida no<br />

assento do passageiro. Ele esperava que ela não se tornasse uma<br />

complicação. Ele não poderia devolvê-la. Falcone não gostaria disso.<br />

Não que Growl tivesse qualquer intenção de devolvê-la. Ela era a<br />

sua posse mais valiosa até agora. Ela estava olhando pela janela,<br />

ignorando-o. Como ela tinha feito na festa. Como todos fizeram até que<br />

não pudessem mais ignorá-lo. Ela ainda pensava que estava acima<br />

dele? Voltou o olhar para a estrada. Não importava. Ela era sua agora. A<br />

ideia emitiu uma punhalada de orgulho nele e sua virilha apertou em<br />

antecipação.<br />

CARA<br />

Eu mal podia respirar. Por causa do medo e do fedor. Deus, o fedor<br />

era pior do que qualquer coisa que eu já tinha cheirado antes. Sangue.<br />

Metálico e doce, oprimindo. Eu ainda podia ver a poça de sangue<br />

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