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Capítulo treze<br />
CARA<br />
Eu considerei ficar no meu quarto, mas então eu decidi que seria<br />
estúpido fazer isso. Eu me odiava pelo que acontecera na noite passada,<br />
mas talvez eu pudesse usar isso para minha vantagem. Eu queria ficar<br />
no lado bom do Growl, então ele iria ajudar a mim e a minha família.<br />
Dormir com ele talvez fosse o primeiro passo na direção certa, por mais<br />
louco que isso fosse.<br />
Quando entrei na cozinha, Growl não estava lá, mas a porta do<br />
pátio estava aberta. Eu saí para encontrar Growl sentado em uma das<br />
cadeiras olhando para o céu. Seus olhos se voltaram para mim, e<br />
minhas bochechas se aqueceram, mas eu lhe devolvi o olhar.<br />
Havia um piscar de surpresa em seu rosto quando me aproximei<br />
dele. Eu me afundei na cadeira em frente a ele, estremecendo<br />
ligeiramente.<br />
— Você está bem? — Ele resmungou, as sobrancelhas juntas.<br />
Eu balancei a cabeça. — Estou bem, — eu disse. Eu não queria<br />
discutir minha dor com Growl.<br />
— Há café para você lá dentro — disse Growl. Então ele se<br />
levantou e eu pensei que ele queria me evitar, mas ele voltou alguns<br />
minutos depois com uma xícara de café. Ele colocou muito leite no café,<br />
mas eu estava feliz por sua consideração. Eu tomei um gole, então fiz<br />
uma pergunta que estava me incomodando por um tempo.<br />
— Qual é o seu verdadeiro nome? Growl foi o nome dado a você<br />
depois dessa coisa com suas cordas vocais.<br />
— Foi? — perguntou ele calmamente.<br />
Eu fiz uma careta. De repente insegura, mas ninguém se chamava<br />
Growl ao nascer. — Sim, por causa de como sua voz soa.<br />
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