revista_aba_nov_2016_v2
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ABA EM FOCO<br />
O <strong>nov</strong>o papel do CEO: chief<br />
engagement officer<br />
Rodolfo Araújo, líder<br />
de pesquisa e métricas,<br />
conhecimento e i<strong>nov</strong>ação<br />
da Edelman Significa<br />
Confiança nas empresas é maior no Brasil, revela pesquisa<br />
Trust Barometer, da Edelman, apresentada no ENA <strong>2016</strong><br />
Por Eliane Pereira<br />
Quando, em abril de <strong>2016</strong>, a Mitsubishi<br />
Motors admitiu ter manipulado resultados de<br />
testes de economia de combustível (para tornar<br />
os níveis de emissão de gases mais favoráveis),<br />
suas ações tiveram queda instantânea<br />
de 15%, com perda de US$ 1,2 bilhão do valor<br />
de mercado da empresa. O mesmo aconteceu<br />
com a Volkswagen, no ano anterior, flagrada<br />
usando um dispositivo para burlar os resultados<br />
de testes de emissão de poluentes em<br />
seus veículos a diesel: perda instantânea de<br />
23% de valor de mercado (US$ 17,6 bilhões).<br />
Os valores dão a dimensão da queda, na<br />
percepção do público, do nível de confiabilidade<br />
dessas companhias. E confiança é um<br />
item fundamental hoje no mundo dos negócios,<br />
pois a atitude do consumidor é orientada<br />
pela credibilidade nas empresas. A boa notícia<br />
é que, no Brasil, elas mantêm a liderança em<br />
termos de confiança da população, segundo<br />
aponta a 16ª edição da pesquisa Trust Barometer,<br />
da Edelman, apresentada na abertura<br />
do Encontro Nacional de Anunciantes<br />
(ENA <strong>2016</strong>).<br />
Realizado em 28 países, o estudo mede o<br />
nível de confiança das sociedades no governo,<br />
nas empresas, em ONGs e na mídia. Comparando-se<br />
o desempenho dessas quatro instituições,<br />
no Brasil as empresas lideram como<br />
as mais confiáveis (com 64 pontos), à frente<br />
das ONGs (62) e da mídia (54). Já a confiança<br />
no governo, de 2015 para <strong>2016</strong>, caiu de 32<br />
para 21 pontos (em uma escala de zero a 100<br />
que pondera a porcentagem obtida por cada<br />
um desses quatro grupos institucionais).<br />
A tendência de as empresas estarem à<br />
frente nesse quesito vem se manifestando já<br />
há alguns anos no mercado nacional. O mo-<br />
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