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Um olhar mais apurado, transpondo
o festival de cores, beleza
e design do último Salão
do Automóvel de São Paulo,
nos leva a uma preocupação cada vez
maior com a segurança – do motorista
e dos passageiros. Com criatividade,
visão futurista e testes extraídos das
corridas de Fórmula Um, engenheiros
automotivos não param de inovar e
criar novas tecnologias. Na verdade,
uma necessidade premente de adequação
às exigências legais que retiraram
do rol dos itens opcionais o freio ABS e
o sistema de Airbag
Além da segurança, me chamou a
atenção a preocupação da industria
automotiva em continuar promovendo
uma revolução, em termos de motorização
e cilindradas, sem a perda de
potência, aliada a um consumo racional
de combustível, e à conectividade
dentro dos carros.
Destaco, a seguir, alguns itens importantes
neste novo contexto:
SISTEMA DE FREIOS
ABS - Vem do inglês “Anti-lock Braking
System” e quer dizer sistema de freio
antitravamento. Já estamos na quinta
geração, que privilegia a estabilidade
na frenagem.
EAS - A sigla EAS significa Eletronic Actuation
System. É um sistema de controle
de tração e também de altura do
carro em relação ao solo. Também atua
ao mesmo tempo como um auxiliar do
ABS, agindo mesmo que o pedal não
seja levado ao fundo. Sua função, em
condições extremas de frenagem, é
controlar a altura do veículo.
ESP - Tem a função de reconduzir o automóvel
à trajetória original em caso
de desestabilização, seja ela no eixo
traseiro ou dianteiro. A sigla vem do
inglês “Eletronic Stability Program”, ou
programa eletrônico de estabilidade.
Essencial para uma dirigibilidade segura,
principalmente em pisos molhados
e escorregadios.
EBD - São as iniciais de “Eletronic
Brake Force Distribuition”. Nada mais
é que distribuição eletrônica da força
de frenagem. Trata-se de um sistema
de controle da força da frenagem nos
eixos dianteiro e traseiro. É utilizado
como auxiliar complementar do ABS
para proporcionar melhor distribuição
das forças empregadas na frenagem.
BAS - Brake Assist System é um sistema
de auxílio de frenagem em urgência,
que joga carga máxima no freio
quando o motorista pisa no pedal bruscamente.
Atua junto com o ABS e o EBD.
CINTO DE SEGURANÇA
Sensores agora estão espalhados por
todos os bancos, acionados pelo peso
incidente sobre os mesmos. Com isso,
quando uma pessoa senta-se no banco
do passageiro ou no banco traseiro e
não afivela o cinto, um sinal sonoro é
acionado como alerta. Ele só é desligado
quando o cinto é afivelado.
CONECTIVIDADE
Com tantos acidentes ocorrendo
como consequência de pessoas que
insistem em usar o telefone celular
quando dirigem, as montadoras incluíram
em grande parte dos veículos
o sistema Bluetooth e de atendimento
remoto nos volantes, possibilitado
pela inserção do número do smartphone
no sistema de conectividade
do carro. Outro sistema que chama
atenção é o Accident Assistance. Em
caso de acidente, o sistema liga pra
central avisando as autoridades e
enviando, via GPS, a localização e
abrindo o áudio do carro, para a comunicação,
com o (s) envolvido ( s),
quando possível.
AIR BAGS
Além do duplo (motorista e passageiro)
há tempos foram criados os de
cortina, o lombar e o de joelho. Recentemente,
no entanto, inovaram ainda
mais lançando o air bag do vidro traseiro
(em caso de batidas na traseira),
os que ficam entre o motorista e
o passageiro e os de cinto de segurança,
que demonstram muita praticidade
e conforto. Vale destacar ainda os
air bags de capôs, que visam diminuir
os danos ou ferimentos ao pedestre,
em caso de atropelamento.
MOTORIZAÇÃO
Os motores 1.0 de quatro cilindros ficaram
mais leves, com três cilindros.
Essa redução de peso tem como proposta
a melhoria do consumo, sem reduzir
o desempenho e com a preocupação
de poluir menos.
A redução de cilindradas atinge também
os esportivos e sedans de luxo.
Motores de quatro e seis cilindros 2.0
e 3.0, com as novas tecnologias, foram
reduzidos para 1.4 , 1.6, 1.8 e 2.0
Turbo, Bi-Turbo e Twin Turbo. A proposta
é garantir a mesma ou, em certos casos,
melhorar a performance, reduzindo
o consumo e a emissão de CO2 no
meio-ambiente. Para que você, leitor,
tenha uma ideia, em um ano um veículo
que roda 20.000 quilômetros lança,
em média, na atmosfera mais de três
toneladas de gás carbônico.
Enfim, que estas novas tecnologias,
envoltas em uma grande preocupação
ambiental, possam chegar, o mais rápido
possível, à toda a linha de montagem,
deixando de ficar restritas aos
modelos mais caros e luxuosos.
EVOKEDEZ2014