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Lá se foi 2014, o ano que ficará<br />

guardado na recordação dos<br />

brasilienses que apreciam boa<br />

comida sem frescuras nem preços<br />

nas alturas. Assistimos nos últimos<br />

meses à democratização da cozinha,<br />

que se deu especialmente pela consolidação<br />

dos eventos de rua. Neles, a<br />

clientela pôde ficar frente a frente com<br />

chefs de cozinha e experimentar as<br />

mais diversas iguarias, dos corriqueiros<br />

hambúrgueres e cachorros-quentes<br />

aos ceviches, antes explorados apenas<br />

em alguns restaurantes locais.<br />

Comer na rua virou moda em Brasília.<br />

Milhares de pessoas aceitaram o convite<br />

para viver essa experiência e ainda<br />

se aproveitar dos lugares abertos da<br />

nossa capital, que são muitos e muitas<br />

vezes mal aproveitados. Música, arte e<br />

outras expressões culturais se uniram<br />

aos outros ingredientes, seja à beira do<br />

Lago Paranoá, no Parque da Cidade ou<br />

no Eixão. O público se deliciou com diversas<br />

gostosuras ao ar livre, embaixo<br />

do sol, sentado no chão. Pagou preços<br />

populares. E fez a cidade pulsar. Me diz<br />

aí se Brasília não precisava disso!<br />

Os Foodtrucks também entraram na<br />

onda e se multiplicaram. Esses têm<br />

a vantagem de percorrer a cidade<br />

e de escolher o melhor lugar para a<br />

próxima parada. E é sempre uma boa<br />

surpresa encontrar um pelo meio do<br />

caminho. Quando há vários deles,<br />

melhor! Até as bicicletas, antes exploradas<br />

quase que exclusivamente<br />

pelos vendedores de pipoca e de quebra-queixo,<br />

foram gourmetizadas. Ser<br />

itinerante também virou moda.<br />

Como tudo o que é novo, a comida de<br />

rua ainda precisa de ajustes. As filas<br />

nos eventos ainda são grandes e perde-<br />

-se muito tempo e paciência nelas. Também<br />

há reclamações sobre a conservação<br />

dos alimentos, até por conta da<br />

precariedade das instalações inerentes<br />

à atividade. Mas isso o tempo e o comprometimento<br />

consertam.<br />

Por enquanto, comemoremos a democratização<br />

da comida e, em 2015, vamos<br />

lutar por uma legislação específica,<br />

que regulamente e fiscalize esse<br />

novo segmento de forma a dar segurança<br />

alimentar para quem consome.<br />

Já existe em São Paulo e podemos nos<br />

espelhar. Vamos brigar pelo direito de<br />

comermos barato, sem nos esquecermos<br />

de que qualidade, garantida por<br />

bons ingredientes, tem um preço.<br />

Que o ano seja especialmente gostoso,<br />

democrático e justo para quem come.<br />

E que seja igualmente delicioso para<br />

quem faz do alimento muito mais do<br />

que um simples combustível para manter<br />

o corpo em movimento.<br />

EVOKEDEZ2014

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