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Estevão Damázio<br />

Claudio Cohen<br />

Maestro da Orquestra<br />

Sinfônica de Brasília<br />

O MAESTRO<br />

BOSSA NOVA, ROCK....<br />

Aquela velha máxima de ir<br />

aonde o povo está se aplica<br />

à trajetória do maestro<br />

Claudio Cohen, à frente da<br />

Orquestra Sinfônica de Brasília desde<br />

2011. O erudito nunca foi barreira para<br />

popularizar as apresentações dos músicos,<br />

nem que para isso saissem dos<br />

teatros e fossem, literalmente, para os<br />

parques. “A orquestra é pública. Sem<br />

menosprezar o refinamento, preparo e<br />

estudos intensos, temos a obrigação de<br />

adequá-la a uma linguagem mais acessível<br />

à população”, destaca o maestro.<br />

E a estratégia, desde que assumiu, foi<br />

promover concertos com interpretações<br />

de clássicos que são um sucesso<br />

nas paradas de todas as idades. “Os<br />

clássicos do cinema tiveram grande repercussão”,<br />

recorda. Entre as interpretações,<br />

as trilhas sonoras de Star Wars,<br />

Indiana Jones, Homem-Aranha, Super<br />

Homem e Missão Impossível. Bandas<br />

brasilienses, como Plebe Rude e Legião<br />

Urbana também são grandes fontes de<br />

inspiração para Claudio Cohen, que faz<br />

questão de destacar a ousadia que marcou<br />

o evento Renato Russo Sinfônico,<br />

no estádio Mané Garrincha.<br />

PASSADO ROQUEIRO A relação de<br />

Cohen com a música começou muito<br />

cedo, aos quatro anos de idade, por<br />

EVOKEDEZ2014<br />

influência da mãe, pianista amadora.<br />

O garoto, que chegou a Brasília com<br />

dois meses de vida, vindo de Belém,<br />

recorda que era “forçado” a estudar<br />

música, mas com o tempo se apaixonou.<br />

Aos sete anos, já tocava violino;<br />

aos 12, ingressou em uma orquestra<br />

infanto-juvenil. Ao mesmo tempo em<br />

que curtia Sex Pistols, Led Zeppelin<br />

e Jimi Hendrix; e aos 18 anos se profissionalizou.<br />

A passagem do maestro<br />

pelo Quarteto de Brasília, um dos<br />

grupos mais aclamados, foi estratégico<br />

na formação clássica e popular<br />

do maestro. Foram quase 20 anos de<br />

apresentações. com nove cds gravados<br />

e vários prêmios, entre os quais<br />

o Sharp. Cohen atuou também como<br />

primeiro violinista da orquestra, diretor<br />

executivo e maestro assistente do<br />

então regente Silvio Barbato.<br />

ATRAÇÃO TURÍSTICA Para Claudio<br />

Cohen, a Orquestra Sinfônica de Brasília<br />

é, ou deveria ser, uma atração<br />

turística e cultural da capital. Por isso<br />

mesmo. ele defende um trabalho junto<br />

à secretaria de Turismo para inseri-la<br />

nos roteiros da cidade e na divulgação<br />

dos concertos, por exemplo, na<br />

rede hoteleira. “Estive no Qatar e eles<br />

valorizam muito este trabalho”. O maestro<br />

quer investir ainda em parcerias<br />

com as embaixadas e com as escolas<br />

para um intercâmbio de informações<br />

e projetos educacionais. E defende<br />

mais autonomia para a orquestra.<br />

“Precisamos de uma gestão mais eficiente”,<br />

justifica.<br />

Enquanto os novos projetos não se<br />

materializam, Cohen, entre uma viagem<br />

e outra, curte a família, anda<br />

de skate e joga tênis para relaxar.<br />

Afinal, como diz mais uma máxima:<br />

ninguém é de ferro.<br />

O REGENTE DA<br />

ORQUESTRA<br />

SINFÔNICA DE<br />

BRASÍLIA SE DESPE<br />

DE PRECONCEITOS,<br />

COM UM GOSTO<br />

ECLÉTICO E<br />

PAIXÃO POR<br />

APRESENTAÇÕES<br />

MAIS<br />

POPULARES.

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