PME Magazine - Edição 10 - Outubro 2018
Álvaro Covões, diretor-geral da Everything is New, é a figura de capa da 10.ª edição da PME Magazine. Esta entrevista e muito mais aqui.
Álvaro Covões, diretor-geral da Everything is New, é a figura de capa da 10.ª edição da PME Magazine. Esta entrevista e muito mais aqui.
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AMBIENTE<br />
MARL APOSTA<br />
NA GESTÃO EFICIENTE DE RESÍDUOS<br />
Ana Rita Justo<br />
MARL<br />
Mercado Abastecedor da Região<br />
de Lisboa aposta na modernização<br />
dos seus processos e numa gestão<br />
de resíduos eficiente e amiga do<br />
ambiente. Concurso público será<br />
lançado para novo contrato entrar<br />
em vigor em 2019.<br />
A completar 18 anos, o Mercado<br />
Abastecedor da Região de Lisboa<br />
(MARL) quer tornar-se num exemplo<br />
de eficiência e modernidade na<br />
logística em Portugal. O plano de<br />
modernização está em curso e parte<br />
importante dele é a gestão de resíduos,<br />
que se quer mais eficiente<br />
para os próximos anos.<br />
“Achamos que é possível e imperativo<br />
melhorar muito ao nível da limpeza<br />
interior e exterior e, depois, melhorar<br />
muito na gestão de resíduos e<br />
na reciclagem.” As palavras são de<br />
Rui Paulo Figueiredo, presidente do<br />
conselho de administração do MARL<br />
e CEO do Grupo SIMAB – que gere o<br />
MARL e os mercados abastecedores<br />
de Braga, Évora e Faro.<br />
Para isso, e na sequência de um estudo<br />
realizado pelo MARL a clientes<br />
e retalhistas, será lançado em breve<br />
um concurso público internacional<br />
tendo em vista a limpeza interior e<br />
exterior do mercado, bem como a<br />
gestão de resíduos.<br />
“No nosso estudo de opinião, metade<br />
deles [n. d. r. dos inquiridos]<br />
assume que traz lixo, material, paletes,<br />
caixas, de tudo um pouco,<br />
para dentro do mercado. Por isso,<br />
também vai passar a ser controlada<br />
a entrada e saída. Com isso esperamos<br />
diminuir de modo substancial<br />
os resíduos”, acrescenta Rui Paulo<br />
Figueiredo.<br />
Só em 2017, adianta Mariana Saldanha,<br />
da direção executiva do Grupo<br />
SIMAB e responsável pelo plano de<br />
20<br />
modernização, o MARL congregou<br />
seis mil toneladas de resíduos, indiferenciados<br />
e orgânicos, pelo que<br />
o plano passa agora por “melhorar a<br />
central de resíduos”, criando “duas<br />
áreas distintas: uma para operadores<br />
e uma para retalhistas”.<br />
MELHORAR<br />
A RECICLAGEM<br />
Os baixos níveis de reciclagem do<br />
MARL também são para melhorar,<br />
pelo que, acrescenta a responsável,<br />
está prevista a criação de um ponto<br />
verde do MARL para que haja uma<br />
“separação eficiente na origem” e<br />
para que a percentagem de reciclagem<br />
aumente dos atuais <strong>10</strong>% para<br />
cerca de metade.<br />
“Se chegarmos aos 50% no final do<br />
próximo ano será muito bom. Hoje,<br />
não conseguimos ter uma separação<br />
eficiente na origem e isso faz<br />
com que a fatura aumente bastante<br />
ao nível dos indiferenciados”, sublinha.<br />
O objetivo é ter uma ilha ecológica<br />
em cada pavilhão do mercado e assim<br />
permitir que tanto os clientes do<br />
MARL como os retalhistas que vêm<br />
comprar ao MARL não espalhem os<br />
seus resíduos pelo mercado, como<br />
atualmente acontece.<br />
No que respeita à contentorização,<br />
Mariana Saldanha adianta que uma<br />
das possibilidades passa por “substituir<br />
contentores por compactadores<br />
e ajustar os equipamentos às<br />
necessidades e ao tipo de resíduos”.<br />
A solução foi inspirada num modelo<br />
usado em Barcelona, refere Rui<br />
Paulo Figueiredo, na sequência de<br />
algumas visitas técnicas internacionais<br />
feitas a outros mercados – além<br />
do de Barcelona, também a Madrid,<br />
Austrália e Paris.<br />
“Se chegarmos aos 50%<br />
no final do próximo ano<br />
será muito bom”<br />
Mariana Saldanha<br />
“Queremos que haja um espaço<br />
próprio nesse ponto verde para depositar,<br />
com possibilidades de adequada<br />
separação e que se possa<br />
fazer essa reciclagem. Em vez de,<br />
quer aqueles que são trazidos do<br />
exterior, quer aqueles que são produzidos,<br />
serem todos depositados<br />
nos mesmos sítios sem a adequada<br />
separação”, reforça o presidente<br />
do conselho de administração, afirmando<br />
que é preciso “criar soluções<br />
em que isso seja positivo para quem<br />
traz, para o MARL e para quem gere<br />
o negócio”.