PME Magazine - Edição 10 - Outubro 2018

empreendorismo
LACS, O ESPAÇO 'COOL' E CRIATIVO DE LISBOA
Denisse Sousa
LACS
De um espaço abandonado há 25 anos nasceu o novo
cluster cool e criativo de Lisboa. Aberto a tudo e todos,
é aqui que se concentram ideias, cruzam-se contactos
e juntam-se empresas improváveis para projetos
interessantes. Falámos com José Rodrigues, diretor-
-geral do LACS – Lisbon Art Center & Studios, sobre
este novo hot spot da criatividade junto ao Tejo.
Foi no antigo edifício das cantinas
e balneários da administração do
Porto de Lisboa que nasceu o LACS
- Lisbon Art Center & Studios. Após
25 anos de abandono do edifício,
esta pequena pérola em Santos
foi (re)apresentada a investidores
como o projeto LACS: um cluster
criativo para desenvolver a arte e
cultura num espaço de trabalho diferenciado.
Com um investimento
de três milhões de euros, os trabalhos
começaram em maio de 2017,
seguiram-se as obras em setembro,
que terminaram em fevereiro 2018.
O LACS abriu portas a 19 de março
deste ano, com inauguração oficial a
8 de junho.
“O que nos define é a palavra
Communitivity, que de facto é uma
palavra que não existe,” começa por
explicar José Rodrigues, diretor-
-geral do LACS.
Segundo o dicionário do LACS,
Communitivity nasce da palavra
Community (comunidade) porque o
LACS pretende estabelecer interligações
entre esta e outras comunidades,
nacionais e internacionais.
Communication (comunicação) porque
promove a comunicação através
do diálogo e do networking entre todos
os membros, parceiros e sociedade.
“E Creativity (criatividade), porque
incentivamos e apoiamos a criatividade,
e a inovação, em todas as
suas vertentes, quer singular ou
coletivamente, para estimular o desenvolvimento
de novos talentos.
Estas três palavras juntas, misturá-
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Foi no antigo edifício da administração do Porto de Lisboa que nasceu o LACS
mos e deu LACS - Communitivity of
Creators”, esclarece.
É aqui que se encontram algumas
das empresas criativas de Lisboa e
parceiros importantes na criação do
LACS: “A EDP Inovação, a Defined
Crowd, Mycujoo e Rock in Rio entre
outros, foram importantes no desenvolvimento
deste projeto “.
Com 5.000 metros quadrados sobre
o Tejo, este cluster dedicado a criativos
e inovadores contempla espaços
de coworking, studios privados,
ateliês, galeria de arte, cafetaria bar
lounge, área de eventos e um terraço
com bar e restaurante com uma vista
360º inspiradora sobre Lisboa.
“O que nos define é a
palavra Communitivity,
que de facto é uma
palavra que não existe”
Composto atualmente por 600 pessoas
espalhadas por 60 empresas, o
LACS é um espaço aberto à sociedade
e espera atrair visitantes e um
variado leque de empresas e profissionais,
que lhes permita alcançar
níveis de criatividade, inovação e
competitividade mais elevados.
“Todas as áreas das indústrias criativas
estão aqui representadas e é
isso que pretendemos. Queremos
desenvolver a economia criativa do
nosso país”, acrescenta José Rodrigues.
Mas o que é, de facto, um cluster
criativo? É um espaço aberto aos
que lá trabalham, desde empreendedores,
pequenas, médias ou empresas
muito grandes, mas também
à sociedade.
‘EU TRABALHO NO LACS’
“Queremos que as pessoas que não
são membros venham cá, que usufruam
do espaço. É um espaço de
trabalho, cultura e lazer. Temos exposições
permanentes, temos uma
cafetaria, um rooftop com restaurante
e bar, ateliês onde temos desde
barbeiro, cabeleireiro a artistas
plásticos…Todos estes espaços são
abertos à comunidade de membros
e não membros.”
É este ambiente criativo que faz do
LACS muito mais do que um simples
local para cowork. É neste ambiente
informal, onde todos se conhecem,
construído com espaços de trabalho
confortáveis e acolhedores
com tecnologia de última geração,
que nasce algo mais do que a palavra
permite. Estar no LACS é usufruir
de serviços comuns, beneficiar
de flexibilidade, oportunidades de
networking, num ambiente único
com crescimento orgânico para gerar
negócio através da partilha de
valores e experiências.
Aqui, entra todo o trabalho que o
cluster faz de criar pontes entre as
empresas e empreendedores espalhados
pelo espaço, através de pequenas
medidas que fazem a dife-