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edição de 21 de janeiro de 2019

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marketing & negócios<br />

maxsattana/iStock<br />

<strong>2019</strong> será melhor,<br />

mas não vai ser fácil<br />

Apesar das excelentes perspectivas<br />

para este ano, a vida das<br />

empresas e marcas será bem difícil<br />

Rafael Sampaio<br />

Na coluna da semana passada, observei<br />

que estamos no limiar <strong>de</strong> duas renascenças<br />

para a ativida<strong>de</strong> publicitária: o<br />

fortalecimento da mídia “tradicional”, inclusive<br />

com a colaboração do digital, e da<br />

economia <strong>de</strong> mercado, pela anunciada reorientação<br />

da política econômica pública.<br />

Os sinais <strong>de</strong> retorno da crença da mídia<br />

“tradicional” é um fenômeno global que<br />

vem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano passado e será acelerado<br />

em <strong>2019</strong>. No caso do mercado nacional, as<br />

perspectivas <strong>de</strong> profundas mudanças e <strong>de</strong><br />

um período <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> aceleração dos negócios<br />

estão na base da nova política econômica,<br />

nos propósitos e no perfil nos novos<br />

responsáveis pela sua gestão macro.<br />

Esse esperado período <strong>de</strong> vacas gordas<br />

não vai cair do céu, porém, nem significar<br />

uma vida fácil para os gestores das organizações<br />

e marcas, incluindo seus dirigentes<br />

comerciais e <strong>de</strong> marketing e comunicação.<br />

Isso porque, consi<strong>de</strong>rando a situação que<br />

se anuncia, as empresas e marcas precisarão,<br />

mais e mais, cativar os corações, convencer<br />

as mentes e estimular os <strong>de</strong>dos, ou<br />

seja, motivar as ações dos prospects, consumidores<br />

e clientes. O que significa, para<br />

o mercado publicitário, uma situação com<br />

certeza bem melhor que nos últimos anos,<br />

mas que será mais complexa e difícil, uma<br />

vez que operar no novo ambiente – para<br />

anunciantes, agências e veículos – <strong>de</strong>mandará<br />

mais esforços e assertivida<strong>de</strong>.<br />

À medida em que o mercado começar<br />

a voltar, timing e aceleração serão vitais,<br />

pois a <strong>de</strong>mora em mudar <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> e voltar<br />

a investir com maior vigor na disputa pelos<br />

consumidores po<strong>de</strong> levar as marcas retardatárias<br />

a per<strong>de</strong>r ótimas oportunida<strong>de</strong>s. As<br />

empresas – que disputam, neste momento,<br />

o pagamento das dívidas, novos investimentos<br />

ou mais consumo – precisam estar<br />

mais ativas do que nunca, para não per<strong>de</strong>r<br />

seu lugar na maratona que se inicia, que terá<br />

aumentada a velocida<strong>de</strong> e a intensida<strong>de</strong><br />

média <strong>de</strong> competição. Porque as bases <strong>de</strong><br />

mercado foram modificadas nesses anos<br />

<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> evolução tecnológica<br />

e <strong>de</strong> empo<strong>de</strong>ramento dos consumidores,<br />

com um expressivo aumento da competição<br />

cruzada e da própria eficiência dos concorrentes.<br />

Os consumidores mudaram <strong>de</strong> visão,<br />

comportamento e hábito, novas categorias<br />

e subcategorias <strong>de</strong> mercado foram criadas e<br />

inúmeras novas marcas passaram a existir.<br />

Há, também, um número maior <strong>de</strong> “bocas<br />

para comer”, interna e externamente às<br />

organizações, e todos vão disputar ferozmente<br />

cada real existente ou que venha a<br />

existir. Competidores diretos e, principalmente,<br />

indiretos estão ou estarão na disputa<br />

em número cada vez maior, empregando<br />

estratégias e táticas tradicionais e inovadoras<br />

com maior pressão.<br />

Com isso constataremos, uma vez mais,<br />

que as soluções mais eficientes po<strong>de</strong>m<br />

não ser as mais eficazes. E novos padrões<br />

<strong>de</strong> pensamento, estruturação <strong>de</strong> planos,<br />

sua aplicação e mensuração precisarão ser<br />

aplicados, com mais esforço e precisão que<br />

antes. Quando o mercado era menos complexo<br />

e havia menos soluções, não era difícil<br />

escolher a melhor <strong>de</strong>las. Agora, é exatamente<br />

o contrário.<br />

Uma dificulda<strong>de</strong> comum no marketing<br />

e na publicida<strong>de</strong> tem sido a estruturação<br />

<strong>de</strong> soluções mais eficientes no curto prazo,<br />

mas que po<strong>de</strong>m comprometer a eficácia no<br />

longo prazo.<br />

Por isso, o recomendado é, evi<strong>de</strong>ntemente,<br />

empregar um mix otimizado do passado<br />

e do presente para assegurar o futuro, pois<br />

é certo que nem tudo que é antigo funciona<br />

menos ou <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> funcionar e nem tudo<br />

que é novo funciona ou é melhor.<br />

A sabedoria está em fazer esse mix otimizado<br />

do tradicional com o novo para<br />

construir o amanhã com maior soli<strong>de</strong>z. O<br />

que <strong>de</strong>mandará colaboração mais intensa e<br />

ativa entre anunciantes, agências e veículos<br />

– tema do terceiro artigo <strong>de</strong>sta série.<br />

Rafael Sampaio é consultor em propaganda<br />

rafael.sampaio@uol.com.br<br />

26 <strong>21</strong> <strong>de</strong> <strong>janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2019</strong> - jornal propmark

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