Jornal das Oficinas 163
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Técnica<br />
&Serviço<br />
TEMPO DE CICLO<br />
NO REDUZIR<br />
É QUE ESTÁ O GANHO<br />
UM DOS FATORES QUE MAIS INFLUENCIA A FIDELIZAÇÃO DO CLIENTE DA OFICINA É O TEMPO QUE<br />
O VEÍCULO PASSA NAS INSTALAÇÕES. QUANTO MAIS BREVE FOR A ESTADIA, MAIOR SERÁ A SATISFAÇÃO<br />
DO CLIENTE. E MAIS PROBABILIDADES DE ELE VOLTAR EXISTIRÃO<br />
É<br />
aqui que entra em jogo o famoso<br />
termo «tempo de ciclo»,<br />
sobre o qual a maioria dos profissionais<br />
do setor já ouviu falar, mas<br />
cujo significado e implicações poucos<br />
conhecem.<br />
De que se TRATA?<br />
O tempo de ciclo não é mais do que<br />
o tempo associado a cada reparação.<br />
É composto por diversas perspetivas:<br />
financeira, de gestão, de administração,<br />
de processamento de pedidos,<br />
de produção. No que diz respeito ao<br />
tempo de ciclo ligado à produção, podemos<br />
dizer que este é o tempo que<br />
decorre desde que o veículo chega à<br />
oficina até ao momento em que é devolvido<br />
reparado ao cliente. Por isso,<br />
não devemos confundi-lo com o tempo<br />
que decorre enquanto se trabalha<br />
no veículo (tempo produtivo).<br />
O tempo de ciclo inclui pré-produção,<br />
produção e pós-produção, bem como<br />
o trabalho administrativo associado.<br />
Toda a reparação contém os diferentes<br />
processos pelos quais passa o veículo:<br />
preparação do orçamento, peritagem<br />
(se for o caso), gestão da peça<br />
de substituição, carroçaria, pintura,<br />
mecânica de apoio, preparação para a<br />
entrega. Cada qual com o correspondente<br />
tempo de processo associado.<br />
Indicador de rapidez<br />
O tempo total de ciclo é um indicador<br />
de rapidez, que mostra quanto tempo<br />
demoramos a entregar o veículo<br />
reparado. Está diretamente relacionado<br />
com a capacidade do processo<br />
(volume de produção da oficina),<br />
utilizando os recursos ao máximo, ou<br />
seja, quantos automóveis podem ser<br />
reparados num intervalo de tempo<br />
determinado (por exemplo, um dia).<br />
O tempo de ciclo é, essencialmente,<br />
uma relação matemática entre o trabalho<br />
a decorrer (quantos veículos<br />
estão a ser processados na oficina) e<br />
a capacidade do processo (quantos<br />
veículos são reparados por dia). Por<br />
conseguinte, cada vez que o número<br />
de veículos no processo aumenta, o<br />
tempo de ciclo médio também sobe.<br />
Assim, para otimizar os tempos de<br />
ciclo, têm de ser controla<strong>das</strong> as entra<strong>das</strong>.<br />
VANTAGENS de tempos curtos<br />
Visto que reparações mais rápi<strong>das</strong><br />
resultam em clientes mais satisfeitos,<br />
o objetivo de qualquer oficina será reparar<br />
os veículos no período de tempo<br />
mais curto possível, já que a celeridade<br />
traz vantagens relevantes. Por um<br />
lado, otimiza a utilização de todos<br />
os recursos disponíveis, simplificando<br />
as intervenções. Além do mais,<br />
aumenta a capacidade da oficina, reduz<br />
despesas, diminui ineficiências e<br />
constrições, aumenta a rentabilidade.<br />
Por outro lado, melhora os índices de<br />
crescimento e a capacidade de aproveitar<br />
as oportunidades do mercado,<br />
amplia o retorno sobre os ativos, otimiza<br />
o fluxo de caixa, desenvolve a<br />
moral e o nível de compromisso dos<br />
funcionários, reduz a possibilidade de<br />
danos no veículo em reparação e, por<br />
último, ajuda-nos a permanecer competitivos.<br />
Quanto mais rapidamente for concluída<br />
uma reparação, mais depressa<br />
a oficina estará em condições de iniciar<br />
a seguinte. Contudo, a agilidade<br />
necessária requer planificação e uma<br />
integração completa no negócio e nos<br />
processos de gestão. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I 2019 93